quinta-feira, 5 de julho de 2007

E porque hoje se comemoram 32 anos da independência de Cabo Verde:

Aos amigos cabo-verdianos

São elas, as mães.
A sépia desenham-se
sobre os rios do mundo;
quando errantes asas
se acolhem ao repouso
desta página. Assim,
perto de nós, fica o eco
dos seus rostos; descendo
por um secreto desvão de nuvens.

À beira da água, rezam ainda;
perenes como a terra.
Sobre as colinas da manhã
são o mais alto nome do amor.

(in Paraíso apagado por um trovão,
2.ª ed., Cidade da Praia, Spleen Edições, 2004, p. 31)

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