terça-feira, 31 de julho de 2007

A derradeira aventura de Antonioni

A seguir a Bergman é a vez do italiano Antonioni partir para o Olimpo cinematográfico.
Deixa-nos outro realizador europeu marcante, seguindo uma via talvez mais difícil. Com efeito, um dos temas dominantes da sua obra é a incomunicabilidade, como o atesta a sua tetralogia A aventura (1960), A noite (1961), O eclipse (1962) e Deserto Vermelho (1963).
São crónicas do mal estar no mundo moderno, atavés dos encontros, desencontros e ilusões de pares heterosexuais. Da solidão irremediável.
Retenho ainda Blowup (1966), Zabriskie Point (1970) e O mistério de Oberwald (1980). Tenho especial apreço por A gente do Pó (1944), ainda pontuado pelo olhar neo-realista, um filme semi-documental, tal como o foi, entre nós, Douro, faina fluvial, de Manoel de Oliveira, e Lisboa, crónica anedótica, de Leitão de Barros, ambos do início dos anos 30.
Tal como Bergman, foi um prolífico realizador. A sua filmografia pode ser vista aqui. A imagem é do filme O eclipse.

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