segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Feminicídio na República Democrática do Congo

‘‘Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira para lhes contar o que vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira para lhes narrar as histórias e as atrocidades, e, ao mesmo tempo, evitar que fiquem abatidos, chocados ou afetados mentalmente. Procuro uma maneira de lhes transmitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou semprocurar uma AK 47.’’
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Depois de viver uma das mais cruentas guerras da África, a Republica Democrática do Congo (Congo-Kinshasa) ainda convive com cicatrizes profundas na sociedade. Mais de 3,5 milhões de pessoas foram mortas e há pobreza e desnutrição por todos os cantos, onde a violência sexual ocorre por toda parte, o que também contribuiu para a rápida propagação AIDS (SIDA).

A dramaturga e ativista, Eve Ensler, esteve recentemente e nós descreve de forma impressionante e realista os crimes sexuais cometidos contra as mulheres (desde crianças até as mais velhas). “Mas a maior crueldade é a seguinte: soldados soropositivos organizam comandos nas aldeias para violar as mulheres, mutilá-las. Há relatos de centenas de casos de fístulas na vagina e no reto causadas pela introdução de paus, armas ou violações coletivas. Essas mulheres não conseguem controlar a urina ou as fezes. Depois de serem violadas, as mulheres são também abandonadas por sua família e sua comunidade’’, descreve ela.

Caso tenhas nervos de aço, leia a íntegra do artigo, reproduzido pela revista eletrônica ViaPolítica.

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