quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ler em Benfica

Que neste país não se faz um esforço sério na promoção da leitura, já todos sabemos, mas mesmo assim há situações incompreensíveis. As freguesias de Benfica e de São Domingos de Benfica não têm uma biblioteca pública, o que é estranho, atendendo às características dos seus habitantes e até à sua densidade populacional.
Em São Domingos, o Gabinete de Estudos Olisiponenses (Geo), instalado no belíssimo Palácio do Beau Séjour, cumpre mais ou menos essa função, embora não seja essa a sua natureza, mas sim disponiblizar informação bibliográfica sobre a cidade. A questão é que até já existe o edifício: o antigo quartel de bombeiros, localizado na Estrada de Benfica, junto à escola Pedro de Santarém C+S+P+B+R+T (eu sei que não é esta a designação, mas o conjunto de letras que sempre acompanha o nome da escola é indecifrável), e até existia data de abertura: Setembro de 2007. Não só a data de abertura não se cumpriu, como nem sequer se vislumbram obras no edifício, nem notícias sobre este atraso e as freguesias continuam sem biblioteca.
Imagem: Palácio do Beau Séjour, Estrada de Benfica, 368

1 comments:

Daniel Melo disse...

Pois é. Como dizia o Branquinho da Fonseca, por cá prefere-se os xilófagos e roedores aos leitores.

A propósito, faz-me espécie esta mania de dar nomes de escritores a bibliotecas municipais, os mesmos que são dados a escolas públicas. Só serve para arranjar confusão, na sua localização pelos utentes e nas funções a desempenhar.
As bibliotecas municipais deviam ter um fundo generalista, e, quando muito um fundo especial de impressos e etc. sobre o bairro, a cidade. É que os fundos especiais nem sequer há dinheiro para isso!
Para divulgar os escritores existe já, além das escolas, a Casa Fernando Pessoa, o ex-IPLB, o Min.º da Educação e tutti quantti.
Por favor, liguem o descomplicador!