quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Jorge Palma

Eu andava a tentar não escrever sobre Jorge Palma para não revelar a minha condição de fã incondicional, destituída de qualquer sentido crítico e apenas capaz de proferir afirmações sentimentais, mas depois do concerto no Coliseu já não só capaz de tanta discrição.
Cada espectáculo é uma experiência e um percurso por tantas canções que vão fazendo sentido em alturas diferentes (uma fã incondicional sabe todas as letras).
Em Lisboa, por enquanto, a experiência não se repetirá, mas, amanhã, o Porto também vai poder ouvi-lo.
É mesmo um autor que
Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar
E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão
Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

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