domingo, 6 de janeiro de 2008

Natal andarilho

Hoje é dia de cantar de porta em porta e de pedir aos Reis, ganha-se o vinho e as rabanadas e não se esqueçam do salpicão:

Ó que casinhas tão altas
Forradas de papelão,
Levante-se, minha senhora,
Dê-nos um salpicão.


É dia de andarilho e de não perder o caminho. Vamos que a fome aperta e tamanha secura a garganta já não aguenta:

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura

Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

Se alguém te recusa uma malga de vinho, nem que seja do muito velho ou ainda do quase novo, manda-lhe dar uma volta e que feche de vez a porta:

Se não nos quer dar os reis,
Não nos esteja a demorar
Somos de muito longe,
Temos muito que andar.


*Nb: Extractos de quadras populares.

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