quarta-feira, 19 de março de 2008

A ficção científica perde encanto e poesia

O escritor britânico de ficção científica Arthur C. Clarke morreu ontem, aos 90 anos. Em 1968, ele escreveu a sua obra-prima: “2001, Uma Odisséia no Espaço” (escrita simultaneamente com as filmagens) e auxiliou Stanley Kubrick na produção do filme de mesmo nome (o roteiro original foi inspirado no “A Sentinela”, de 1964). Graduado em física e matemática pelo King’s College de Londres, Clarke publicou mais de cem livros. Ganhou respeito entre a comunidade científica depois de ter escrito, ainda na década de 1940, o famoso artigo em que propunha o uso de satélites em telecomunicações.

Como reconhecimento às suas contribuições científicas, a órbita geoestacionária - a 36 mil quilômetros acima do Equador - é conhecida hoje como órbita de Clarke. Na TV, trabalhou na cobertura feita pela emissora norte-americana CBS das missões espaciais Apollo 12 e 18. Em 1981, ele também teve sua própria série televisiva com 13 capítulos: “O Misterioso Mundo de Arthur Clarke”, retransmitida em vários países do mundo. Em 1984, também foi protagonista da série “O Mundo de Estranhos Poderes de Arthur Clarke”. Seus livros imaginaram, com anos de antecedência, vários feitos espaciais de nossos dias. Para ele, o maior desafio era investigar a possibilidade de vida fora da Terra. Enfim, perde-se um poeta da ficção científica.

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