segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tão cartesiano que virou barroco

Ele era tão cartesiano, tão cartesiano, enchia tudo tanto de planos e de quadros e de mapas e de esquemas, construía tantas siglas e subsiglas, tantos itens e pontinhos que no fim, no fim, no fim de tudo, o resultado material das suas elaborações era uma grandiosa nave barroca. Só se viam becos sem saída, desordem sob a ordem aparente, excepções para cada regra, linhas curvas imprevistas, além de um extraordinário caos de mistérios, analogias e ecos do qual só era possível sair usando profetas como guias.

Desculpem o barroquismo e o "impromptu" do post. Estou a escrever uma espécie de magazine burocrático e precisava de um escape.

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