segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Depois das parlamentares, as autárquicas

É verdade, o ciclo eleitoral 2009 ainda não terminou em Portugal: faltam as autárquicas, a 11 de Outubro. Até lá, nova campanha, agora com novos figurantes, folclore redobrado e mais sondagens... Como gostamos de eleições, resolvemos dedicar-lhes uma nova série de cartoons. Esperemos que gostem!

Ontem, Zé Socas fez bem em puxar para o palanque «extraordinário» o seu candidato alfacinha, António Costa, pois as coisas não estão nada de feição para ambos, apesar dos corações bem intencionados. Pelos resultados destas eleições, Costa perderia a câmara para a coligação PSD/PP: 40,4% contra 34,8. Aqui está uma má notícia para a esquerda: é que a pressão para o «voto útil» à esquerda vai voltar e em força. De pouco adiantará dizer que os putativos vereadores do BE e CDU possam ser cúmplices construtivos duma governação séria, ou oposição crítica a uma má governação. Precisarão mesmo de fazer boas campanhas, começando por 'marcar' taco-a-taco Costa e Lopes, que, mesmo em tempo de eleições legislativas, não pararam de mandar propaganda para os media. E, talvez, esperar que as sondagens se alterem alguma coisa. Ou não. A ver vamos.

2 comments:

Raimundo Narciso disse...

Estes resultados fortalecerão inevitavelmente o voto útil. Quem esteja apenas + inclinado ideologicamente para o BE do que para o PS conclui que uns votos a menos no BE valem bem a troca de Santana por A.Costa

Daniel Melo disse...

Ora aí está uma inversão arriscada.
A equipa camarária que governou Lisboa nestes 2 anos não esteve à altura, pelo (pouco) que fez, pelo que deixou fazer a outros (governo: terminal Alcântara, TTT fórumula 1, etc.) e pelo que ficou por fazer.
Já quanto à equipa que prometem, depende da avaliação que cada um faça entre o mandato anterior e o programa actual, que (ainda) não existe, apenas divulgaram uma poética declaração de intenções de A. Costa (vd. http://www.unirlisboa.net/Discurso.aspx).
Votar num candidato para travar a vitória de outro é uma campanha pela negativa. É curto, é outra declinação do cheque em branco.
Já não pega. E em Lisboa, menos ainda.