quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Notas das férias

Ficar sem o que ler numa vila do Algarve pode revelar-se um problema de difícil solução, sobretudo para quem, com eu, tenha ido de comboio e estiver limitada ao centro do dito burgo, já que, imagino, todos os centros comerciais entretanto construídos, e, talvez com livrarias, se devem situar algures à beira de rotundas e vias rápidas nos arredores.
No primeiro quiosque o espanto de quem lá estava foi genuíno, «livros?!?», como a loja não era de bóias, nem de sapatos para o peixe aranha, mas de jornais e revistas comecei a ficar preocupada com o desfecho da busca e alguns quiosques depois continuava a ter a mesma resposta.
Já a pensar entrar num hotel à socapa para sair de lá com um qualquer livro do John Grisham em inglês, encontrei uma loja de jornais, revistas, cruzadex e livros de cowboys com umas prateleiras nos fundos cobertas de pó e com livros completamente avulsos que iam desde dicionários, a livros de receitas e com alguma ficção. Os títulos situavam-se entre a Freira no subterrâneo e Fernão Capelo Gaivota.
Acabei a ler uma biografia romanceada do Nureyev.
Imagem: Peter Samuelson - Bridget Reading, 1959 . Tirada daqui.

1 comments:

Paula Tomé disse...

:-)Pressupõe-se que a biblioteca local não fosse tb granbde coisa, o que é mau, de facto... Restava ir aqui http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page, mas que contraste com a tua bonita imagem.