quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fishman alerta: pressão «injusta» dos mercados obrigou Portugal a pedir ajuda de que não precisava, derrubou governo legítimo e ata o próximo

Da coluna deste sociólogo no New York Times, enquanto alerta para todas as democracias (via Público):

Apesar de o país ter apresentado «um forte desempenho económico nos anos 1990 e estar a gerir a sua recuperação da recessão global melhor do que vários outros países na Europa», ficou sob a pressão «injusta a arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito», que «por vistas curtas ou razões ideológicas» conseguiram «fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo».

«Os fundamentalistas do mercado detestam as intervenções de tipo keynesiano em áreas da política de habitação em Portugal – que evitou uma bolha e preservou a disponibilidade de rendas urbanas de baixo custo – e o rendimento assistencial aos pobres», diz ainda Fishman no seu texto, intitulado «O resgate desnecessário a Portugal».

Neste cenário, acusa as agências de notação de crédito (rating) de, ao «distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal», terem «minado quer a sua recuperação económica, quer a sua liberdade política».

(continuar a ler resenha aqui)

1 comments:

jrd disse...

Fala quem sabe. E obedece quem "não sabe"...