quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma descoberta

infelizmente impossível de partilhar em reprodução. Map of nowhere de Grayson Perry (2008).

Dois pontos de partida: um mappa mundi medieval (o mapa de Ebstorf), destruído durante a Segunda Guerra Mundial e Utopia de Thomas More, um «não-lugar».

Num esquema circular, Perry apresenta uma «planisférica» análise da sociedade contemporânea. No centro, lugar que já esteve ocupado por Jerusalém, surge a «Dúvida». Mas estão lá os locias de culto, como, naturalmente, a Microsoft ou o Starbucks, estão lá todas as epígrafes em modo de legenda às figuras e aos edifícios. Só temos de ver de perto.

A sátira é, ainda, ampliada pela confusão à medieval entre escala e proporção. Na base, o cenário é realista, a chegada de uma peregrinação ao sopé de uma colina, onde está um mosteiro num halo de luz que sai directamente do rabo do artista.

É escolha de Paula Rego e está na exposição My choice até 12 de Junho.

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