domingo, 27 de novembro de 2011

Já foi dança de terreiro, vadia, de salão, canção de vencidos, música reaccionária, música de emigrante: agora é património imaterial da humanidade

Parece que resta lamentarmo-nos, que em tempos de desesperança imposta fica apenas a saudade de tempos airosos que já não voltam.

Não, não pode ser só isso, ou sobretudo isso. Tem que ser melhor.

Há uma encruzilhada de saber vivencial, de introspecção e interpelação colectivas, de pausa meditativa, de lirismo panteísta, de lugares vivos e vividos, de vozes singulares, que se construiu e persistiu.

A isso acresce, agora, a responsabilidade de passar das intenções aos actos, concretizando o Plano de salvaguarda integrada do património do fado, que esteve na base desta consagração da UNESCO.

Por tudo isso, estamos todos de parabéns, começando pelos seus feitores e apreciadores e concluindo nos organizadores da candidatura!

Ah, fadista!

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