segunda-feira, 25 de março de 2013

É oficial, Chipre é de facto o primeiro país a sair do Euro.

...pelo menos é o que argumenta Paul Krugman (entre outros). Sinceramente, com cinco países em dezassete sob intervenção da Troika em três anos (e mais alguns em lista de espera) ainda acha que o Euro se vai aguentar? Eu também não.

2 comments:

Daniel Melo disse...

Esperemos que essa tese económica não redunde em tese política!

Essa tese faz algum sentido, embora esteja salvaguardada a liberdade dos depósitos abaixo dos 100 mil euros, a maioria.

Entretanto, a corrente pró-saída de Portugal do euro vai engrossando. No diário i de ontem, 5 economistas da praça desenvolvem a sua argumentação no extenso artigo «Estes economistas já vêem Portugal fora do euro e dizem como vai ser», de Margarida Bon de Sousa (http://www.ionline.pt/dinheiro/sair-euro-estes-economistas-nao-encontram-outra-alternativa).

Motivo de preocupação para todos os europeístas: é que isto pode querer dizer que a Europa se desintegrou irremediavelmente e que a hipótese federalista morreu antes de ser testada. Seria um fim inglório, esse. Esperemos que tal não suceda.

Zèd disse...

Os depósitos de menos de 100 mil euros estão salvaguardados (embora o factor psicológico seja importante, com a proposta de taxar os pequenos depósitos ninguém está seguro). Mas a circulação de capitais está limitada, o que faz que o euro cipriota seja de facto um euro diferente do euro dos outros 16, portanto o Chipre já está de fora.

Retrospectivamente parece-me que o fim inglório estava traçado desde de Maastricht. E claro que a total incapacidade dos dirigentes europeus de corrigir os erros e mudar de rumo não ajuda nada. Eu começo a classificar o federalismo europeu na categoria das utopias irrealizáveis, só uns românticos como nós é que poderiam um dia ter acreditado nisso. É uma pena, mas é assim...