O país já discutiu muito o "caso DREN". O que vem nos jornais é, nestes episódios, central para a leitura pública que deles é produzida, e quem sabe como isto funciona, sabe que as histórias são muitas vezes, como se costuma dizer, "mal contadas". Não interessa para o caso. Independentemente do que possamos dele pensar, há todavia algumas coisas que julgamos difíceis de encontrar escritas, ou limites que pensamos quase impossíveis de serem ultrapassados. Hoje, sexta-feira, no "Público", José Manuel Fernandes (JMF) escreveu coisas que não podemos deixar de considerar de uma extraordinária boçalidade.
JMF tem, claro, direito a tudo: a pedir a demissão de tudo e todos, a atribuir isto e aquilo ao Ministério da Educação (ou qualquer outro Ministério), como faria qualquer transeunte que percebesse tanto de política como eu de bijouteria (ou seja, nada, sem desprimor para com o respectivo métier); afinal, com a "qualidade" das análises a que nos habitou nos últimos anos, já mesmo nada é de espantar. Mas confesso que estranhei como fora possível, no editorial do "Público" - escrito a propósito da entrevista dada na quinta-feira por Margarida Moreira ao "Diário de Notícias" -, JMF utilizar expressões como "a rotunda senhora" ou "a megalomania da senhora é proporcional ao seu volume".
Quando se chega ao ponto de evocar características fisionómicas de uma pessoa para a criticar, abandonámos o jornalismo de qualidade mínima e entrámos no populismo mais boçal.
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sábado, 16 de junho de 2007
Dizem que é uma espécie de jornalismo
Posted by
Hugo Mendes
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02:15
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Labels: DREN, José Manuel Fernandes, Margarida Moreira, Público
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Retaliação no funcionalismo público (balanço do mês)
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É verdade que há um processo disciplinar em curso (os quais, a propósito, demoram sempre um ror de tempo, por mais concreta que seja a questão), mas atendendo ao que já se sabe (o próprio afiança que foi uma mera piada humorística em torno de títulos académicos, pegando no caso do diploma do PM) é caso para perguntar: será que o excesso de zelo faz sentido em democracia? Alguém deseja um Cavaco II autoritário como PM? Já se esqueceram do que foi o seu final de consulado?
Nb: o funcionário em causa, Fernando Charrua, foi transferido de serviço, da DREN para a escola de origem, pese a boa nota de avaliação; imagem extraída daqui.
Posted by
Daniel Melo
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00:31
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Labels: anedota, caso Fernando Charrua/ DREN, delito de opinião, DREN, funcionário público, humor, retaliação política no emprego
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