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quinta-feira, 5 de abril de 2007

Posfácio c/osso (IV)

"O homem (onde o encontrei) é um abismo provisório cheio de bebida au ralenti.
O exílio (sic experiência!) é um elixir esquisito do qual eu conservo o frasco...
O sexo (ver o conto da minha vida)...
A morte não só conserta todos os defeitos de fabricação como dá dinheiro pelos colchões antigos ainda bons.
A realidade não existe. Só há amoladores de facas em rebolo.
Minha patologia de sempre: a realidade portuguesa."
Manuel da Silva Ramos
(O sol da meia-noite seguido de contos para a juventude,
Lx., Eds. D. Quixote, 2007, p. 163)

domingo, 1 de abril de 2007

Posfácio c/osso (III)

"Vivi quase trinta anos afastado do país. Foi a minha sorte. Se cá tivesse ficado, hoje estava morto. Ou calvo e barrigudo e com uma caterva de filhos. Ou talvez com uma perna de alumínio...
Hoje tenho saudades da França. Das suas mulheres, dos seus vinhos, dos seus poetas suicidários, dos seus escritores extravagantes. Jean-Pierre Brisset escreveu um livro volumoso para provar que o homem provém da rã...
Os Franceses ensinaram-me uma coisa: deve-se viver a vida até às borras. E acreditar-se no que se faz."
Manuel da Silva Ramos
(O sol da meia-noite seguido de contos para a juventude,
Lx., Pubs. D. Quixote, 2007, p. 164)

sábado, 31 de março de 2007

Posfácio c/osso (II)

"O Lobo Antunes oculta, Saramago pouco fala e eu desnudo. O quê? As rolas? As toutinegras? As milheiras? Não, o sexo em Portugal."
Manuel da Silva Ramos
(O sol da meia-noite seguido de contos para a juventude,
Lx., Pubs. D. Quixote, 2007, p. 166)

quinta-feira, 29 de março de 2007

A grande beatitude

"Estava a chegar a uma grande praça cor-de-rosa vindo de uma rua de peões. Na praça o pavimento era de mármore branco e a luz que aí se reflectia dava aos transeuntes mil aspectos definitivos, como se na vida fossem molduras de quadros vivos."

Manuel da Silva Ramos
(O sol da meia-noite seguido de contos para a juventude,
Lx., Pubs. D. Quixote, 2007, p. 145)

quarta-feira, 28 de março de 2007

Posfácio c/osso

"O amor é passageiro, a recordação é eterna ou nebulosa, mas os restaurantes são caros.
O amor (para os Portugueses) devia ser reembolsado pela segurança social como os medicamentos mais prementes."
Manuel da Silva Ramos
(O sol da meia-noite seguido de contos para a juventude,
Lx., Pubs. D. Quixote, 2007, p. 166)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Literatura para a juventude

Ei-lo de volta e em discurso directo:
"Manuel da Silva Ramos vai lançar novo livro no dia 28 na Galeria Zé dos Bois, ao Bairro Alto. Esta novela escrita com a mestria deste que é sem dúvida um dos melhores escritores que temos no nosso país, vem no seguimento da sua ebuliente criatividade e capacidades narrativas. Infelizmente ou não, o escritor tem passado despercebido a muita gente. Abri pois os olhos para este novo livro. «O Sol da meia-noite» seguido de «Contos para a Juventude»."
Manuel da Silva Ramos

Duas dicas importantes: a Galeria ZDB - Zé dos Bois fica na R. da Barroca 59; o lançamento começa às 21h30, e será acompanhado pelo bom vinho beirão Quinta dos Termos...

Sobre a obra deste escritor fantástico vd. aqui.