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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma noite nas marchas

Este domingo fui assistir ao concurso das marchas populares de Lisboa, que se realiza num pavilhão fechado, antes do desfile na Avenida. É um primeiro momento de avaliação pelo júri.
Num Pavilhão Atlântico quase lotado era já a 3.ª (e última) noite de competição. O ambiente era de corropio e barulheira popular (portanto, não havia a tal tosse convulsa dos concertos de música clássica cá do burgo), com petizes e graúdos dos vários bairros da cidade, e uns quantos paraquedistas de fora, como a Cinha Jardim, que era a madrinha «da Linha» da marcha de Alfama. O elemento feminino predominava na audiência, mas não no palco. Também havia as incontornáveis pipocas, algodão doce e queijadas de Sintra, além do stock líquido cá fora e do speaker assim a dar pró-Feira Popular.
Desfilaram então 7 das 20 marchas a concurso.
S. Vicente vinha com o melhor guarda-roupa, inovador, simples, atractivo, com umas sombrinhas alegres a substituir os pesadões arcos convencionais. A letra e melodia também eram boas. Pena é que não tenha aproveitado para referir o seu santo Vicente, pois ele é que é o padroeiro de Lisboa, o que poucos sabem, e pese a relevância do St.º António, que já é referido por muitas outras marchas.
O Lumiar tinha uma canção com boa melodia, daquelas que ficam no ouvido, mas pouco mais.
O Beato também inovou, com o toque de percussão ao jeito da música de corte suspendendo o canto e os metais do «cavalinho». O pior era a decoração dos arcos e roupas, um quanto kitsch.
Benfica aproveitou para evocar a actriz Beatriz Costa e a sua 'costela' saloia, o que é apropriado.
O grande momento veio quase no fim, a representação de Alfama e a verificação se tinha traquejo para ser novamente a favorita. Parece que sim, a julgar pela coreografia, onde foi, de longe, a que revelou mais desenvoltura, variedade e risco. E, também, a atestar pelo apoio do público: mal a marcha desapareceu atrás do pano, o pavilhão encolheu para metade. Os seus apoiantes haviam saído, apesar do pedido do apresentador - a noite já ia longa, os assentos eram desconfortáveis e muita gente pegava cedo ao trabalho no dia seguinte.
As marchas alfacinhas são um dos "50 melhores eventos europeus", segundo a estrutura organizadora, a EGEAC.
Fernando Pessoa (120.º aniv.º natalício), Padre António Vieira (IV centenário do seu nascimento), a Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (bicentenário) e o Ano Europeu do Diálogo Intercultural foram os temas propostos (além do inevitável de Lisboa), mas que as colectividades pouco agarraram durante esta sessão. Sobre o Ano Europeu do Diálogo Intercultural vale a pena ver este vídeo feito pela EGEAC. As sardinhas estão cada vez melhores...
Amanhã à noite é o momento final: o desfile na Avenida. Antes disso, é tempo de arraial nos bairros históricos da cidade. Iééé, Lisboa é que é!!! Iééé, Lisboa é que é!!!
Nb: +inf. aqui; imagem de Alfama 2007 retirada daqui.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Uma Lisboa cheia de cores e luzes

Ó Sofia, não sejas assim tão mazinha, . Nos dias de verão (ou quase), Lisboa se enche de luzes e cores, com festas e eventos artísticos/cuturais (aqui a programação) de fazer inveja a muitas outras cidades deste planeta Terra. Tem coisas pra todos os gostos e sabores, que vão desde música erudita as Marchas Populares (aqui a agenda), manifestação popular que figura entre as maiores do mundo. É só escolher um , cair na farra e pronto.