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No Porto, a exposição de Lourdes Castro. Caminho de depuração artística até à obra Peça (c/ Francisco Tropa, 1998): uma mesa, um rolo de lençol branco, projectores. A impressão do que já é incorpóreo. O «negativo» de outro artista, outra exposição, Bartolomeu Cid dos Santos, a sua mesa com roldanas impressoras, o papel saturado de negro até ao limite, a sobreposição de imagens, paisagens, textos.
A demanda da artista vai connosco para fora do museu. Chove e faz frio e a exploração das «novas» ruas da cidade acaba na mais perfeita Pensão/Creperie. A Favorita.
Já em Lisboa, o livro certo termina com conselhos sensatos: «[...] Nunca durmam ao luar. Segundo os cientistas provoca loucura. Cortem o cabelo uma vez por semana. Comam peixe fresco ao pequeno almoço sempre que possível. Mantenham-se sempre aprumados. Apreciem o mundo [...]».
N.B.: O livro certo é de John Cheever, Crónica de Wapshot, Relógio de Água.
1 comments:
Porque a vida se tem metido pelo meio tenho andado afastada do Peão e de muitas outras coisas de que gosto, mas esta divagação deu um post excelente, comboios, viagens, arte e livros certos, que bom!
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