quarta-feira, 6 de junho de 2012

Da liberdade de imprensa nos tempos que correm

Primeiro foi o caso Pedro Rosa Mendes, afastado de correspondente da Lusa em Paris e de cronista da Antena 1.
Depois foi o caso de João Paulo Guerra, no Diário Económico, que viu não renovada a sua coluna que vinha de 1999.
Por fim, o caso mais grave, cujos efeitos negativos alastram. Pode resumir-se nisto: o ministro Miguel Relvas pressionou o jornal Público para deixar de o interpelar a propósito do seu nexo a figuras do caso das secretas, incluindo ameaças de revelação de um segredo alegadamente comprometedor da vida privada da jornalista em serviço Maria José Oliveira. A direcção cai no erro clamoroso de contemporizar com essa pressão inadmissível. O conselho de redação discorda e faz sabê-lo cá fora. De seguida a direcção opta por expor o caso detalhadamente, mas já era tarde. Além disso, cai no novo erro de anunciar qual era o 'segredo' que Relvas ameaçara revelar, sem autorização da jornalista, sem dizer logo que era mentira e sem antecipar que isso seria usado contra a jornalista (e contra o próprio jornal!). Anteontem, a jornalista Maria José Oliveira demitiu-se do Público, fundamentando a sua decisão na perda de confiança na direcção do jornal, por esta ter tomado o partido do ministro.
Como comenta Sérgio Lavos no Arrastão: «Depois de Pedro Rosa Mendes [...], Relvas consegue uma vez mais  que alguém incómodo para si deixe de fazer o seu trabalho de denúncia jornalística. Assim vão as coisas no país. Asfixia democrática?».

1 comments:

Anónimo disse...

O LAZER É ÓPTIMO, O PIOR É QUANDO FALTA O SUBSÍDIO DE FÉRIAS.
Há pouco na SIC Notícias foi dito que não houve plágio no livro «Equador».
Miguel Sousa Tavares copiou frases inteiras do livro «Cette nuit la liberté» para o livro «Equador». No blog www.anticolonial21.blogspot,com estão provas irrefutáveis deste copianço.
MST levou a julgamento os primeiros bloguistas que denunciaram o plágio e perdeu no Tribunal. Mais, a sentença, além de absolver os que disseram a verdade, acrescentou que os leitores deviam ler os dois livros e comparar.
MST é um «moralista» contra os valores da Esquerda e da honestidade. O veredicto do Tribunal foi proibido de ser divulgado pelas Censuras da RTP, da SIC e da TVI, assim como dos principais jornais e rádios.
Espero que não Censure este comentário, porque também está a ser censurado em alguns blogs, alguns dos quais publicam posts contra a Censura!