sexta-feira, 20 de abril de 2007

A tale of two posters


Eu sei que a fotografia não é famosa, mas se clicarem na foto e olharem com atenção q.b. percebem o que quero mostrar no gráfico. No eixo das abcissas (vertical), temos o nível de salário/qualificações; no eixo das ordenadas (horizontal) temos a distribuição da população. O que interessa verdadeiramente para o caso é a curva da distribuição dos salários/qualificações. Ela permite-nos ver a quem se dirigem as campanhas do Governo - a sombreado, praticamente metade da população - e do BE - uma pequena franja, também sombreada, de um sector altamente qualificado.
Uma imagem que vale mais que vários manifestos.

8 comments:

Marta disse...

Gostei, gostei. Tens que postar mais vezes assim.

Hugo Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hugo Mendes disse...

Só se me deixarem dar de comer ao puto da próxima vez ;)

A. Cabral disse...

Entao a jovem que tirou um curso mas que serve as mesas esta no topo da curva a receber tao bem como os colegas de curso com escritorio de advocacia? Acho que a tua curva nao representa Portugal.

Hugo Mendes disse...

Não, os do escritorio de advocacia estão mais acima. E achas que jovem que está hoje a servir nas mesas vai servir nas mesas toda a vida? Com um curso, ela tem mais oportunidades que mais de dois/terços da população, e se o mercado de trabalho na area dela se expandir com mais investimento domestico e internacional, ela vai ter mais oportunidades de arranjar emprego. Ela está na curva potencialmente ascendente. Tu sabes que uma economia em modernização é dinamica e que as coisas, se a terra não é plana, se passam assim.
Era preciso era que o resto da população soubesse - e mesmo a qualificada, parece não o saber. O fazer dos problemas da classe média qualificada uma tempestade que os leva a esquecer os problemas dos mais desfavorecidos. Esses, os lá de baixo, sem qualificações, estão PRESOS.

A. Cabral disse...

Quem te ouve diria que Portugal esta agora a ter os seus primeiros licenciados e a dar os primeiros passos na sua modernizacao.

Nao ha nada de dinamico nesta economia. E nao ha garantias (ou evidencias) de que a qualificacao profissional seja recompensada pelo empresariado portugues - tirando o back of the envelope. Olha para imigracao portuguesa e diz-me o que ves.

Ouvimos esta cantiga ha alguns anos. Paciencia, paciencia, daqui a uns anos chegamos no pelotao da frente... Ja dizia o outro: o futuro e' muito longe.

Hugo Mendes disse...

"Quem te ouve diria que Portugal esta agora a ter os seus primeiros licenciados e a dar os primeiros passos na sua modernizacao."

A primeira grande vaga massiva, sim.

"Nao ha nada de dinamico nesta economia."

Ah pois não, se os remédios proteccionistas do costume continuarem a ser a única receita que a esquerda fornece. Isso será ainda pior para os recém-licenciados. Mas isso ninguém percebe...

"E nao ha garantias (ou evidencias) de que a qualificacao profissional seja recompensada pelo empresariado portugues"

Vivemos numa economia global; O empresariado também o é, não é só português. E este também começa a mudar; por exemplo, começa a ser muito mais qualificado do que no passado.

"Ouvimos esta cantiga ha alguns anos."

Por falar em cantigas: a solução de há muitos anos é também meter tudo dentro do Estado, é isso? Ou algo ainda mais "transformacionista", talvez...Para criticar, estão todos a postos; mas para apresentar soluções credíveis...

Marta disse...

E, parece que a maior parte dos portugueses perceberam o programa e nao se ofenderam: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1292736&idCanal=64