Mas não são só os franceses ricos que mudam de residência fiscal para escapar aos impostos. Segundo o El País, o arquitecto espanhol Santiago Calatrava transferiu a sua fortuna para a Suíça. No passado dia 23 de Novembro, a sociedade familiar Calatrava Family Investments passou a estar domiciliada no cantão de Zurique, deixando Madrid para trás.
Ainda que possamos achar que a taxação sobre fortunas decidida em França devia ficar aquém dos 75%, o que é um facto é que ela vigorará só 2 anos e as tomadas de posição de cidadãos endinheirados que mudam de país (e de nacionalidade!) como quem muda de roupa revelam falta de solidariedade social e nacional num momento crítico das nações europeias.
Ademais, o caso Calatrava mostra como tal tipo de reacção tem pouco a ver com taxas de 75%, pois em Espanha não chegou a esse montante, nem de perto nem de longe, e quanto à transferência para a Suiça, sabemos que ela serve só para pagar menos impostos, neste caso por parte de uma empresa de um conhecido arquitecto.
Adenda: o governo belga saiu a terreiro admoestando o homólogo francês para reflectir sobre a medida dos 75%, mas sai-se mal na resposta - então e a solidariedade entre concidadãos, isso não importa à Bélgica, onde se advogam as virtudes da coesão nacional entre comunidades distintas para evitar a secessão? Então e a nacionalidade, para uns exige condições e papelada a monte, para outros é tipo instantâneo?
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O capital não tem fronteiras, a falta de civismo também não
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Dar o salto, em análise
Posted by Daniel Melo at 10:35 0 comments
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Oscar Niemeyer (1907-2012): um modernismo poético
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Joaquim Benite (1943-2012), marco do teatro independente
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Quando é que faz frio?
Quem julga que o frio é só teimosia invernal bem pode meditar no adagiário dos meses:
- Bom tempo no Janeiro e mau no estio, bom ano de fome, mau ano de frio.
- Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio.
- Janeiro frio e molhado não é bom para o gado.
- Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.
- Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado.
- Janeiro geoso, Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Em Fevereiro neve e frio, é de esperar calor no estio.
- Em Fevereiro, frio ou quente, chova sempre.
- Fevereiro, fêveras de frio e não de linho.
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e o gado.
- Abril frio, pão e vinho.
- Frio de Abril as pedras vai ferir.
- Maio frio e Junho quente fazem o lavrador valente.
- Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.
- Maio frio e ventoso, faz o ano formoso.
- Em Junho, frio como punho.
- Agosto, frio em rosto.
- Em Agosto passa o frio pelo rosto.
- Ande o frio onde andar, no Natal cá vem parar.
- Ande o Natal por onde andar, que ele o frio há-de ir buscar.
- Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
- Dezembro frio, calor no estilo.
- Em Dezembro treme de frio cada membro.
Posted by Daniel Melo at 22:25 0 comments
domingo, 2 de dezembro de 2012
Se lhes dessem trela, Portugal seria o único país da UE com propinas no ensino obrigatório!
Posted by Daniel Melo at 22:49 0 comments