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sexta-feira, 23 de março de 2012

O Dia do Estudante e as lutas pela democracia

São combates de várias gerações, mas só uma celebrará amanhã o Dia do Estudante (na Reitoria da Universidade de Lisboa). Com legitimidade, diga-se: é que este sábado passam 50 anos sobre o dia que marcou o arranque do protesto estudantil em Lisboa contra a ditadura salazarista.

A celebração nesse ano de 1962 foi abruptamente proibida pelo regime, para travar a propagação da acção anti-colonialista surgida em Coimbra, e os estudantes reagiram: a Reunião Inter-Associações decretou Luto Académico para 26 de Março. O protesto ressurgiu em Coimbra e deu origem a várias formas de luta: greve de fome com ocupação da cantina, manifestações de rua, panfletos, jornais, etc. O rastilho marcaria os anos 60.

O festejo nacional do Dia do Estudante foi, segundo o dirigente estudantil José Joaquim Fragoso (AEIST, 1945-52), uma ideia que surgiu em reunião entre academias, e pretendia ser mobilizador para todos os universitários. Nessa altura o dia escolhido foi 25 de Novembro, que então representava uma «tomada da Bastilha» na academia de Coimbra, nos idos de 1921. Pelo meio houve outros combates, como a reacção a diploma de 1956 que pretendia acabar com as associações de estudantes (refiro-me ao malfadado decreto-lei 40900). Só em 1974 é que ficou definido o dia 24 de Março, em tributo aos eventos.

A geração de 62 criou um site muito interessante, o «Crise de 62», com notícias, cronologia, documentos, depoimentos & etc. Vale a pena vê-lo.

PS: destaques da cobertura pelos media: reconstituição da greve de fome (Expresso, já on-line); artigo grande na revista de domingo do Correio da Manhã; a RDP1 vai estar em direto da Reitoria no próximo sábado (das 12 às 13h).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Atenção às novas ameaças à segurança mundial: tarjas e t-shirts!

As forças de segurança portuguesa não pouparam esforços para mostrar como atacar as novas ameaças à segurança mundial, e neutraliram duas delas na posse dum grupo de 36 filandeses: tarjas e t-shirts anti-NATO (felizmente que estes vikings tinham contado tudo no blogue deles, senão a coisa estaria tremida).
Sempre na dianteira, também conseguiram barrar a entrada a outra ameaça, uns folhetos dum tipo alemão que queria vir falar contra o nuclear. Sabe-se lá o que poderia sair desse papelusco, químicos radio-activos, ou, ou... fogo de dagrão, por exemplo. Ah, pois.
A outra acção foi reduzir o n.º de transportes públicos em Lisboa nos dias da Cimeira da NATO, para barrar as empregadas domésticas e outras pessoas perigosas que andam nesses meios transportando consigo lixívias e outros produtos assim tóxicos.
Ui, ui, quando se trata de lixívias, folhetos, tarjas e afins todo o cuidado é pouco...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Maputo a ferro e fogo

O rastilho terá sido um pesado aumento dos preços de bens essenciais. Logo de manhã, grupos de pessoas dos bairros mais pobres da capital moçambicana começaram a protestar e a levantar barricadas. Seguiram-se confrontos com a polícia e pilhagens. A cidade rapidamente ficou sitiada. Até agora, há 6 mortos e dezenas de feridos, incluindo duas crianças.

No telejornal da SIC das 12h, o escritor Mia Couto confessava a sua surpresa pela ausência de comunicados oficiais sobre os acontecimentos. O premiê moçambicano, Armando Guebuza, que só à tarde falou, está sob crítica: terá demorado muito tempo a reagir.

Por ora, o ambiente acalmou, mas continuam a circular incitações ao protesto, por sms.

Os motins populares não são novidade em Moçambique. O problema é aquilo que revelam sobre o mal estar social e as más condições de vida: fome, privação, pobreza, desemprego, insegurança sobre o futuro. Há que criar condições que combatam estas causas. A receita actual, baseada num neo-liberalismo recauchutado, não resultou.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O protesto de saias

Skirt Bike 1

Com o objetivo do promover o uso da bicicleta em vez do automóvel, um grupo de 200 mulheres romenas promoveu no último sábado um passeio ciclístico pelas ruas de Bucareste. Até tudo bem não fosse um pequeno detalhe: todas as ciclistas estavam de saias. O evento chama-se “Skirt Bike”, e portanto o uso de saia foi quesito obrigatório. Tai um ideia que deveria ser copiada. É sexy, charmosa, elegante e fundamentalmente ecológica. Fonte

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mais novas sobre movimentos cívicos

«Foi revogado o regime de excepção da Parque Escolar», por Tiago Mota Saraiva

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lukánikos, o cão veterano dos protestos

A propósito dos protestos gregos, o jornal The Guardian descobriu uma história fabulosa, a dum rafeiro grego que vai a todos os protestos em Atenas desde 2008, e se coloca sempre do lado dos protestantes. Isso mesmo comprovaram com esta galeria de fotos. Este cão resiste a tudo, desde gás lacrimogéneo a mangueiradas. De dia e de noite, lá está ele. Uma reportagem em tom bem humorado pode ser lida em «El perro 'antisistema'». Aí há outra galeria de imagens e hiperligações para outra imprensa internacional. Sim, porque a admiração pelo canídeo anti-sistema já se espalhou urbi et orbi. O nome Lukánikos significa salsicha, uma alcunha corriqueira. O cão por vezes dá um ar de Rantanplan nas fotos, mas é só o ar, pois a atitude é bem diferente.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Put People First!



Nesta manifestação londrina estiveram c.35 mil cidadãos de todo o mundo (vd. cartaz em cima). Foi um evento alternativo à cimeira do G20, organizado pela Put People First!, plataforma de ONG's internacionais.

O protesto foi pacífico, embora tenha havido incidentes no fim, já amplamente relatados. Morreu uma pessoa, Ian Tomlinson, a polícia diz que por ataque cardíaco, aguarda-se a autópsia. Depois disso, sucederam-se vários outros protestos em Londres, com novos incidentes. Também em Estrasburgo, a cimeira da NATO foi recebida com protestos, parte deles violentos.

A «nova ordem» à la Brown começa com muita pompa, alguns novos rostos (destacando-se Obama, claro), mas também com as multidões na rua. E as vozes vão-se ouvindo (e desvelando) pelos media que ainda descem às ruas para escutar os cidadãos comuns. «0% interest on others» e «We won't pay for their crisis» são outros dos slogans mais comuns. Sobre o lado indefinido duma das principais medidas do G20 ver este cartoon de Steve Bell.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O fim das ditaduras ibéricas

À informação constante neste cartaz ao lado, relativa ao Colóquio Internacional «O Fim das Ditaduras Ibéricas (1974-1978)», cabe aditar a seguinte alteração: Paul Preston não estará presente, por motivo de doença, sendo substituído pelo historiador Óscar José Martín García (da London School of Economics), que abordará o tema «Crisis del franquismo, conflictividad social y violencia política en Espana 1968-1976» (dia 20, às 18h30).

quarta-feira, 18 de março de 2009

Basta de trapalhadas: quem quer o novo Museu dos Coches?

Este é o mote para a concentração de protesto de hoje, às 18h, junto do espaço previsto para o novo museu, na Av.ª da Índia, em Lisboa. A iniciativa é da Plataforma pelo Património Cultural (PP-CULT) e do Fórum Cidadania Lisboa, sendo ainda apoiada pelo Instituto da Democracia Portuguesa.
Há 7 dias atrás, uma delegação da PP-CULT e da FCL entregou uma carta ao primeiro-ministro português questionando a necessidade de construir o novo museu ("que não constitui de modo nenhum prioridade da política museológica nacional") e criticando as demolições intempestivas iniciadas nas instalações da Av.ª da Índia, onde ainda se encontram funcionários, arquivos e colecções ligados à arqueologia.
A petição «Salvem os Museus Nacionais dos Coches e de Arqueologia e o Monumento da Cordoaria Nacional!», de que aqui demos nota, continua activa, tendo já mais de 2 mil assinaturas. A PP-CULT, criada em 2008, é uma rede inter-associativa que reúne grande parte das associações mais representativas do sector cultural.
Nb: a base informativa de parte do post vem aqui.; +inf. actualizada neste blogue do FCL.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Criatividade precisa-se

Os slogans dos adolescentes em protesto na 5 de Outubro eram um bocado aborrecidos.