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domingo, 13 de setembro de 2009

10 debates depois...

... ficámos mais informados sobre os programas e a perspectiva dos líderes dos principais partidos a votos. Nesse sentido, todos os líderes ficaram a ganhar. Quem neles queria ver um meio expedito para poupar trabalho e esclarecimento, pode tirar o cavalinho da chuva. Os debates não só foram equilibrados como não decidem nada por si mesmos: apenas são mais uma referência para reflexão.

O último debate, que opôs os líderes do centrão, não fugiu à regra. É claro que cada um usou a táctica que julgou mais conveniente. O actual premiê achou que ganharia mantendo a sua pose arrogante e agressiva, versão «moderada». Como se confirmou neste debate, aquele que teimava em fazer oposição à oposição por esta ser «maledicente», resolveu ser ele próprio a abusar da maledicência (como bem nota Daniel Oliveira). Assim conseguiu pôr os seus oponentes em guarda (e obter um ou outro deslize) mas daí resultou que foi o que menos expôs o seu programa. Se calhar não lhe convinha: é mais do mesmo... Na ânsia de arrebanhar votos, Sócrates conseguiu um inédito: despachar em directo os seus ministros, dizendo que, se ganhar, convidará novas caras, isto para dar um ar de renovação, de homem moderno, atrevido e ousado. A coisa foi tão exagerada e ambígua que hoje já teve que refazer a pintura.

Do debate há a reter alguns pontos. O 1.º remete para a segurança social: Ferreira Leite assumiu que manterá a recente reforma da mesma, para manter a confiança das pessoas, embora a tenha criticado por assentar no prolongamento do tempo de trabalho e na redução das reformas (daqui a 10-12 anos será apenas c.50% do salário bruto, enquanto antes era 70-80%). Assim marcou pontos no terreno do adversário, que não soube retorquir. Por sua vez, Sócrates esteve bem em trazer à colação o papel do Estado, em geral e numa situação de crise em particular. A sua resposta assenta na manutenção dos serviços públicos na saúde (embora queira cortar na ADSE), educação e segurança social, em geral, e no investimento em grandes obras públicas e apoios às PME's e pessoas mais carenciadas, para o segundo. A líder do PSD contrapôs a prioridade absoluta no apoio às PME's, e descartou as grandes obras por achar que há pouco dinheiro e o que há deve ir para as PME's. Denunciou a pressão espanhola para Portugal avançar no TGV, pois só uma linha transfronteiriça terá mais apoios comunitários. Mas fê-lo dum modo um quanto exagerado (o outro deslize foi quanto à desistência de portagens nas SCUT's). E criticou o rol de auto-estradas que o PS quer continuar a construir. É a lógica do fontismo a ser recusada por um dos seus antigos apoiantes...

Já a relação entre Estado e sociedade civil é resumida, pelo centrão, ao estímulo à iniciativa privada. De fora ficou mais uma vez a economia solidária, um vector relevante da sociedade que, porém, não foi esquecido pelos restantes partidos. O BE e a CDU pretendem mais apoios ao associativismo, em especial ao cooperativismo (sendo o programa da CDU mais detalhado: vd. p.17). O CDS propõe o recurso às misericórdias para reforçar a rede hospitalar coberta pela prestação pública e para certas consultas e operações, como as oftalmológicas (nb: não consegui aceder ao programa do CDS).

Na imagem: símbolos de partidos concorrentes às eleições parlamentares de 1975, retirada daqui.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A duplicidade de critérios em acção

Afinal a «asfixia democrática» que Portugal sofria pára à porta da Madeira. Para Manuela Ferreira Leite, a autora do epíteto, aquela Região Autónoma é um oásis num país asfixiado: «bastião inamovível» e «um bom governo do PSD». E não sofre de asfixia pois o povo votante é soberano e até há jornais críticos do executivo local, mas que nem sofrem retaliações...

Para lá das contradições insanáveis face ao padrão de crítica do governo socrático há ainda a considerar um paradoxo mais preocupante: o 'modelo de desenvolvimento' praticado pelo jardinismo do último trinténio é tudo menos aconselhável e supostamente deveria ser um exemplo a evitar para um partido que se diz defensor de menos Estado, controlo das contas, etc.. E, depois, não se vê como conciliar o actual discurso do PSD sobre a morigeração das obras públicas de envergadura com o jardinismo inauguracionista.

É verdade que todos os partidos políticos com algum lastro e dimensão têm os seus esqueletos no armário. Mas há esqueletos e esqueletos. E contradições e contradições.

PS: sobre a original via madeirense o Público publicou recentemente um interessante dossiê de balanço, que saiu num P2 que não consegui localizar mas que julgo ser de Julho passado.

domingo, 16 de agosto de 2009

Irmãos Metralha a deputados

Foi numa praia bem tuga, com mais facilidade em tomar um banho de mar do que em recorrer à internet para atirar um post às ondas virtuais, que fiquei a par da nova doutrina da dr. Ferreira Leite para formar listas de deputados. Como se pode ler aqui, justificou a inclusão de António Preto, arguido num caso de fraude fiscal e de envolvimento no financiamento ilegal do PSD, com o facto de Preto não ser acusado de crime no exercício de cargos públicos. Ocorreu-me então um slogan para este verão de cabeças quentes e engripadas: «Irmãos Metralha a deputados, que o António Preto já lá está».
Nem os irmãos Metralha nem António Preto foram alguma vez acusados de praticarem qualquer crime no exercício de cargos públicos. Os irmãos Metralha terão talvez o inconveniente de serem personagens de BD e de serem demasiado trapalhões. Mas felizmente configuram um tipo de que não faltam exemplares de carne e osso em versão mais competente. Há muito por onde escolher no campo dos alegados criminosos que não foram acusados no exercício de funções públicas. Alegados chulos, agiotas e burlões são particularmente promissores. É que só praticando crimes na esfera privada, são inegáveis empreendedores, aos quais não falta sedução, astúcia e criatividade.
Mas o candidato ideal a deputado, pelo menos nas listas da dr. Manuela Ferreira Leite, seria um alegado mafioso ao estilo de don Corleone. É que don Corleone, não só nunca praticou nenhum crime no exercício de cargos públicos e foi um verdadeiro empreendedor, como dava festas!
E os alegados mafiosos que dão festas criam empregos!
Como recusar a qualidades tão excelsas um ponto de exclamação?!

domingo, 26 de julho de 2009

A gripe irónica


Manuela Ferreira Leite diz que não vai a Chão da Lagoa porque apanhou uma gripe. A gripe é acaso, estratégia ou conspiração? Esta fotografia em que parece que está quase a espirrar não vale como prova, pois foi tirada antes da notícia contaminar a comunicação social. A avaliar pelas reacções à notícia, aqui, muita gente acha a gripe demasiado conveniente. Assim Manuela Ferreira Leite evita comprometer-se com os disparates de Alberto João Jardim. Assim evita comentá-los ou demarcar-se deles. Assim evita a incomodidade de fazer política.
Espanta a secura da notícia sobre a principal líder da oposição e candidata a primeira-ministra. Até sobre o ainda vago acidente de Sarkozy temos mais informação. E não paira sobre ele a hipótese de ter sido contagiado pela epidemia do ano. Trata-se ou não da gripe A? Está a ser acompanhada por um médico do Serviço Nacional de Saúde ou privado?

Aqui como no resto a política de verdade é política de omissão. O silêncio é laranja e abre caminho a interpretações que vão desde a estratégia política à teoria da conspiração. Será que Manuela Ferreira Leite leu este poste do Daniel Melo, resolveu imunizar-se contra a gripe e depois avança para uma guerra biológica? Não o creio. Esta gripe deve ser apenas outra ironia.




quinta-feira, 23 de julho de 2009

Apelo a reunião de par especial

Acabei de ouvir a dr.ª Manuela Ferreira Leite, putativa premiê lusa, a dizer na tv que não emprestava a bola aos outros meninos porque não, etc. e tal. Mas o que me chamou a atenção foi a sua voz engripada.
Fez-se luz! Queres ver que está com a tal gripe A? Oh, deuses  da fortuna!

Será possível que ela se encontre, já, já, com o actual premiê? Sim? Seria ouro sobre azul, passar sem os ouvir durante umas semanas...

Vá lá!!

Só um encontrozinho breve de trabalho...