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Através do seu papel central na consolidação do teatro independente em Portugal, Joaquim Benite tornou-se um dos melhores representantes da vitalidade da cultura portuguesa. Junto com Luís Miguel Cintra, Jorge Silva Melo e muitos outros, consolidaram um novo teatro, sintonizado com a contemporaneidade, com a leitura da sociedade e da política actuais através de interpretações críticas de textos clássicos ou modernos. Resistência, coerência e espírito inovador são traços duma geração singular.
Além disso, promoveu um diálogo regular com um público alargado, construindo-se mutuamente na descoberta de novos textos, novas perspectivas. E criou um festival internacional de teatro - o Festival de Almada, em 1984 - que ficou como referência mundial.
Na hora da sua
morte, é tempo de sublinhar que a sua geração merece mais reconhecimento da sociedade. A onda de evocações presente num bom
dossiê do
Público vai no bom caminho.
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