sábado, 31 de julho de 2010

António Feio (1954-2010)

«O homem que levava o teatro às pessoas», por Tiago Bartolomeu Costa.

Mais informação e imagens no seu site pessoal.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O encerramento da Biblioteca Nacional


O encerramento da Biblioteca Nacional Portuguesa por um período de dez meses durante os quais os leitores são convidados a procurar alternativas nas outras bibliotecas do país tem provocado justas indignações, reacções parvas dos responsáveis da BN e a indiferença ou incompreensão do público em geral. Algumas das justas críticas podem ler-se, aqui, num texto de Rui Tavares, ou aqui, num texto de Fátima Bonifácio, Filomena Mónica e Paulo Silveira e Sousa. O cúmulo da reacção disparatada foi assinado por Isabel Pires de Lima, em texto publicado na secção das «cartas do leitor» do Público, a 27 de Julho, em resposta a um artigo de opinião assinado por Fátima Bonifácio e Maria Filomena Mónica. Isabel Pires de Lima tenta fazer passar uma tese absurda, que dispensa qualquer argumentação: os investigadores que protestam contra o encerramento da Biblioteca Nacional são meia-dúzia de notáveis que sentem os seus privilégios ameaçados. E por isso não tem vergonha em perder tempo e caracteres com picardias sobre a relação de intelectuais ligados ao PS com o Bloco de Esquerda e psicanalistas. É a atitude de quem não está nos cargos para servir o público, mas para defender uma imagem, a sua. Se as vozes que têm chegado ao espaço público são apenas de notáveis, é porque são essas as vozes que os meios de comunicação social filtram e amplificam. Está on-line uma petição contra o encerramento da Biblioteca Nacional que já tem 3952 assinaturas, como pode ver aqui.

Nunca é de mais reafirmar que ninguém está contra as obras de requalificação da Biblioteca Nacional. O que não se percebe é que elas impliquem um encerramento aos leitores durante dez meses. Como tem sido referido, a British Library, em Londres, ou a Bibliothèque Nationale de France, em Paris, que foram transferidas para edifícios novos, geriram a relação com os leitores fechando por partes ou por períodos muito curtos. O contra-exemplo da Biblioteca do Vaticano, que fechou por três ou quatro anos, é um caso típico de invocação da Igreja Católica em vão. Quem está em Roma pode consultar a Biblioteca Nazionale Centrale di Roma. A maior parte da bibliografia sobre o catolicismo não está concentrada na biblioteca do Vaticano, mas distribuída por bibliotecas de todo o mundo, incluindo as bem apetrechadas de algumas universidades católicas e de ordens religiosas.

Não são os investigadores consagrados, com carreira feita, que vão ser dramaticamente afectados pelo encerramento da Biblioteca Nacional, mas mestrandos, doutorandos e investigadores de projectos de investigação em curso. Ao nível de mestrados, que foram reduzidos para um ano, há dissertações que são pura e simplesmente inviabilizadas. Num período em que tanto se fala na necessidade de qualificar os portugueses, de investir em investigação e desenvolvimento e até surgem projectos de redução de feriados em nome da produtividade, não se percebe um processo que vai implicar adiamentos, interrupções ou, na hipótese mais benigna, tempo e custos acrescidos na actividade de investigação. Se quisermos abordar a questão com metáforas acerca de perturbações e tratamentos mentais não penso que bastem as imagens acerca de psicanalistas e actos falhados relacionados com percursos sinuosos. É mesmo questão de esquizofrenia e de autismo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Foi mais surpreendente por inesperado (Ribeiro Cristóvão dixit, SIC-N, 22h25)

... ou, noutra versão, não tão criativa, foi mais surpreendente pela surpresa ; )

Seja qual for a versão, parabéns ao SCBraga.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Músicas do mundo disponíveis na internet

Chama-se World Music Archive e é uma nova página da rádio pública inglesa que disponibliza gratuitamente um precioso acervo de programas e gravações dedicado às músicas do mundo, registado pelos jornalistas da BBC3.

Basta um simples toque no rato do computador para acedermos a um «fakir sufi, Saina Zahoor, a tocar a sua tumba, instrumento de três cordas, em Pakpattan, no Paquistão; [aos] coros masculinos da Geórgia, interpretando canções com 2000 anos; [à] música dos pigmeus Baka, nos Camarões, ou ao gamelão de Java e Bali», como refere Mário Lopes. Ou ao grande Ali Farka Touré...

Resta dizer que já há alguns anos atrás a mesma BBC3 disponibilizava gratuitamente o acesso ao registo áudio de programas e dos concertos do seu excelente festival de músicas do mundo intitulado WOMAD-World of Music and Dances. Em 2006 chamei a atenção para um desses concertos imperdíveis, dos fabulosos Bajofondo Tango Club, uma banda de mais de 20 músicos argentinos e uruguaios das margens do Rio de Prata que mistura tango, electrónica e o que mais lhes der na gana.

Além deste, sugiro a audição dos concertos dos congoleses Ba Cissoko, do indiano  Purbayan Chaterjee, do maliense Salif Keita ou dos beninenses Orchestre Poly-Rhythmo de Cotonou. Não percam, por nada deste mundo!!!

Ideologia não? Então vejam lá como fica:

Artigo 62.º
(Direito de propriedade privada)
1. A todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição.

2. A requisição e a expropriação por utilidade pública só podem ser efectuadas por razões atendíveis [texto anterior: com base na lei e mediante o pagamento de justa indemnização]

Continuação no blogue Aparelho de Estado.

domingo, 25 de julho de 2010

Admiráveis ilustrações de animais...

... são as que faz Katrin Wiehle.
É apenas um exemplo, mas que vale a pena descobrir.

sábado, 24 de julho de 2010

Então, mas a ordem não é poupar energia?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Proms outra vez!

Já vos devo ter aborrecido a todos com esta coisa dos Proms, dos Prommers, do ambiente informal que reune pessoas de todas as idades e faixas etárias nesta pérola anual da querida BBC. Desculpem voltar ao mesmo, mas é que ontem estive lá e ouvi a Maria João Pires tocar maravilhosamente. Aqui fica o link, espero que gostem! Lamenta-se talvez a sala ser tão grande, a tosse desnecessária que pontuava a coisa e o idiota do telemóvel que se pôs a tocar...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um novo elefante na loja de porcelanas

Inebriado pelas sondagens e pela erosão socratista, o novo líder do PSD já só pensa no pódio. Vai daí, Passos Coelho resolveu brindar-nos finalmente com a sua verdadeira face: um neoliberalismo cego, que tudo atropela: direitos, coerência, oportunidade. A sua proposta de revisão constitucional foi o teste de partida e, a menos que o PS já esteja por tudo, será um autêntico tiro no pé. É já um dos temas de conversa comum: o ataque ao Estado social e aos direitos sociais num contexto de grave crise social e económica.

Mas não é só isso que está em causa; é também a sugestão encapotada de mais poderes presidenciais, ao arrepio da posição tradicional do seu partido e do modelo constitucional consagrado em 1982, justamente contra as tentações presidencialistas (vd. aqui). Sugestão essa que, por sinal, contradiz a proposta seguinte da possibilidade duma moção de censura parlamentar articulada com uma alternativa governativa: mais incongruência do que esta é difícil. O que faria então o PR: acataria sem nada dizer, quando teria então a possibilidade de ser ele a demitir o governo sem justificações de maior e de ter um ascendente maior sobre a formação dos governos?

Por fim, sob a capa da limpeza ideológica vem a seguir o corretor neoliberal: o Estado passa a mero distribuidor de subsídios para as empresas (é a isso que se reduz a política de emprego!), os despedimentos tornam-se mais fáceis e a economia social é chutada sem apelo nem agravo, indo na enxurrada as IPSS e outras instituições sociais gradas da direita política (vd. aqui e aqui).

Para um partido como o PSD que tem uma boa quota-parte de responsabilidade na construção dum Estado despesista e capturado por interesses clientelares, fica mal começar atacando os poucos pontos de segurança do cidadão comum. Não seria melhor dar indicações sobre como reduzir a despesa pública no sector público (já nem falo em equiparar o IRC da banca ao das pme's, suspeito que não será 'prioridade')? Por exemplo, quanto a contratos de obras e concursos públicos, despesas extraordinárias (como as de desempenho), etc., etc.. Material não falta, certamente, basta ir às recomendações do Tribunal de Contas e da Inspecção-Geral de Finanças...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Visitar museus via Internet

Como modo de prolongar a sua atractividade, alguns museus disponibilizam pequenas maravilhas nos seus sítios de Internet. Eis alguns deles, numa escolha recente de João Pedro Pereira:

>Museu do Louvre (vídeos explicativos de certas obras, passeios em 3D por zonas do museu, pequena revista on line, mini-sites temáticos)

>British Museum (com muitas páginas de temas abrangentes)

>American Museum of Natural History (é deste museu o video em baixo)

>San Francisco Museum of Modern Art (vídeos com depoimentos e entrevistas de artistas, remissão para sites sobre obras ou artistas; também tem este blogue)

>Museus dos Coches (vistas panorâmicas da colecção)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Memória de uma cooperativa cultural em tempos adversos

A cooperativa em foco é a Confronto, e a evocação cabe a Mário Brochado Coelho, num livro que será apresentado esta noite no Porto, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett (vd. convite ao lado).
A obra, intitulada Confronto - memória de uma cooperativa cultural. Porto 1966-1972, é editada pela Afrontamento.
Esta associação pertenceu ao movimento de cooperativas culturais que funcionou como pólo de resistência ao Estado Novo. Para mais informação sobre a obra, vd. esta súmula do autor.

Notas soltas sobre um autor de cartoons, ilustração e bd: Zé Manel

O seu nome de registo é José Manuel Mendes, mas assina como Zé Manel nos trabalhos que faz. Começou muito cedo a desenhar, e aos 6 anos o Século Ilustrado mostrava os seus primeiros desenhos 'públicos'. Estreou-se como caricaturista na revista Parada da Paródia, aos 17 anos. Estávamos então em 1961!

Depois disso,  fez muita ilustração para publicidade, destinada a empresas como a Regisconta. Há uma amostra sua muito boa aqui. Mas continuou a publicar trabalhos livres em muitos revistas e jornais. Nesta área, p.e., colaborou para a revista O Fungagá da Bicharada, que acompanhava um programa para o público infantil surgido na RTP em 1976, apresentado por Júlio Isidro e José Barata Moura (este também o autor da música homónima). Ainda nesse ano, editou um álbum sobre a revolução dos cravos, In Politiquices, ed. Estaminé. Entre outras publicações conhecidas em que colaborou, refira-se ainda Os Ridículos e Pão Com Manteiga, de épocas bem diferentes (esta última foi reunida em livro em 2007).

Em 1980, por ocasião das eleições presidenciais lançou uma mini-bd de sátira política, Os 7 magníficos pretendentes.

Mais inf. no perfil biográfico inserto no Dicionário dos Autores de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal, de Leonardo De Sá e António Dias de Deus, 2001.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O audiolivro!


Um breve post "in praise of the audiobook". O mercado de audiolivros no Reino Unido é bastante grande e bem recheado. Os livros para crianças vêm inclusivamente com CD a acompanhar e são baratíssimos e muito divertidos. Quando viajamos levamos sempre as ditas caixinhas e as viagens de carro são uma delícia para toda a família. As histórias são normalmente lidas por actores excelentes, com um acompanhamento musical bem pensado. A mais pequena colecção de poemas é um prazer inesquecível para todos. Destaco a Naxos, mas há realmente uma lista interminável. Este Verão vamos acampar outra vez, espero ficar bem longe do carro, mas para as deslocações inevitáveis temos à mão a habitual latinha do Roald Dhal, que já sabemos de cor e nos faz sempre sorrir, o recém-descoberto Tales from the Norse Legends e, como vamos a caminho da Cornualha, não podemos deixar de levar o King Arthur & The Knights of the Round Table. E assim, mesmo que não cheguemos à nossa pilha de livros sempre meio adiada, não está tudo perdido! Bom Verão a todos e boas leituras ou audioleituras!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma tarde no parlamento

O parlamento português discutiu hoje o estado da nação. Foi um debate interessante, confirmando a justa centralidade deste órgão no sistema político. Houve análises, farpas e números para todos os gostos.
O premiê escudou-se nas estatísticas favoráveis para 2006-9 (p.e, diminuição da pobreza e das desigualdades sociais) e daí não saiu. A oposição de esquerda (BE , PCP e Verdes) criticou a aliança do governo com a direita política, plasmada nos planos de austeridade que penalizam o trabalho, acentuam a assimetria com o capital e os favorecidos e agravam a crise económica e social. Mas a não apresentação de propostas concretas no debate acaba por penalizar estes 2 partidos, contribuindo eles próprios para a falta de pressão para convergências à esquerda, por falta de visibilidade das suas alternativas.
À direita, o PSD foi o primeiro a constatar o estado de denegação do governo face à realidade, e espera pelo desgaste da situação para se impor em eleições antecipadas, ou outras. O CDS reiterou o agravamento da carga fiscal para a classe média (situação única na Europa) e, a meio da tarde, pediu a demissão do governo e a formação duma grande coligação - consigo, o PS e o PSD -, ao estilo alemão. Uma proposta legítima, ainda que nunca tentada por cá, ao invés da Alemanha, onde é frequente.
Por seu turno, os media vão engrossando o cenário de eleições antecipadas após a eleição do Presidente da República. É outro cenário possível, caso o PSD chumbe o orçamento para 2011 e o PS resolva roer a corda. Mas também é possível que este governo continue até ao fim da legislatura*. Ou não?
Seja como for, deviam ser mais diversificados os cenários em cima da mesa... Será que Alegre pode ajudar a desbloquear maiores convergências à esquerda ou a sua margem de manobra limitar-se-á apenas à sua campanha presidencial? A ver vamos as cenas dos próximos episódios.
*alguns trunfos nesse sentido: o retomar do concurso da 3.ª travessia sobre o Tejo; os mil milhões de ajuda para as empresas conseguirem os apoios do QREN (dada a falta de crédito junto da banca...); e, se se confirmar, a esperada subida na arrecadação de receitas pelo Estado.

Um novo muro da vergonha

Afinal, bastava metade do dinheiro e sem ter que mudar de sítio!

Quem sai muito mal na foto é o anterior ministro da Saúde, Correia de Campos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que vale mais para a CPLP: a democracia ou os interesses?

Carta Aberta dirigida aos Chefes de Estado da CPLP

Exmos. Senhores,

No próximo dia 23 de Julho, decorrerá em Luanda mais uma Cimeira de Chefes de Estado dos países da CPLP. Um dos pontos da ordem de trabalhos será a decisão sobre a admissão da Guiné Equatorial como membro efectivo da CPLP.
Considerando que este assunto é importante para o futuro de uma organização como a CPLP, várias organizações da Sociedade Civil de Portugal, Moçambique e Guiné Bissau, juntaram-se na subscrição de uma carta aberta dirigida aos Chefes de Estado dos países da CPLP. Na sequencia da elaboração dessa carta, a Plataforma Portuguesa das ONGD optou por criar uma petição on-line, de modo a reforçar a sua posição e expor esta problemática ao máximo de pessoas possível.

Petição Guiné Equatorial Na CPLP Não!

Organizadores da carta aberta e da petição: Plataforma Portuguesa das ONGD

Opinião e notícias: «Trocar petróleo por princípios» (editorial do jornal Público); «Ditador africano promete reformas para garantir adesão à CPLP», por Jorge Heitor; «CPLP deve rejeitar [proposta de adesão da] Guiné Equatorial, defende Alegre»; «A ditadura de Obiang», por Gerhard Seibert.

Esqueletos no armário

Maioria PSD/CDS não quer Rua José Saramago no Porto

A proposta, apresentada pelo vereador da CDU, Rui Sá, foi ontem rejeitada pelos votos da maioria. O documento previa uma manifestação de pesar pela morte de José Saramago e a atribuição do nome do escritor a uma artéria da cidade. O voto de pesar ainda foi aprovado, com a abstenção de seis eleitos do PSD e do CDS e o voto contra de Sampaio Pimentel (CDS), mas a proposta de dar o nome do escritor a uma rua foi chumbada pela maioria do executivo (com os votos favoráveis de quatro vereadores do PS e de Rui Sá; o socialista Vilhena Pereira absteve-se).

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Volte-face inesperado (a justiça nem sempre se engana...)

Adenda: a complementar com o post «A negociata do Parque Mayer», de Tiago Mota Saraiva.

domingo, 11 de julho de 2010

Genial! Com o Mastigaston já pode comer à velocidade desejada!

Sabe como é doloroso morder as bochechas, quando come...
NÃO VOLTARÁ A MORDÊ-LAS!

Graças ao novo invento de Gaston Lagaffe...

O MASTIGASTON

- Afasta as bochechas graças a duas ventosas reguláveis em altura, que se adaptam a todos os maxilares.
- Basta mastigar quando as bochechas estão afastadas.

- Quatro velocidades sincronizadas: quando mais pressa tiver, mais depressa come! O ponto morto permite-lhe conversar com o seu vizinho de mesa...

- Funciona a 220 ou 110 vóltios (com um transformador vendido à parte).

- Apresentação luxuosa: madeira lacada manualmente, com três demãos. Não destoa nas mesas mais requintadas.

- Para viajar, para as férias e para o campismo, peça o modelo portátil. Funciona com 27 pilhas de 2,5 vóltios. Pode-se fazer duas refeições de duração normal sem trocar as pilhas!

Peça o folheto grátis do MASTIGASTON em todas as lojas de electrodomésticos!
Nb: se gostou, pode consultar aqui as outras invenções geniais de Gaston Lagaffe.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um delicioso post cabalístico

Esqueçam o texto alvo de decifração e seu autor, o que interessa mesmo é o resto:
«A cabala decifrada», por Morgada de V.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

As listas, os livros e o Verão

Gosto sempre das listas dos livros para o Verão. O Guardian já tem uma e por cá ainda não me deparei com nada. Até pode ser uma distinção artificial, e não sei se haverá mesmo livros que lemos no Verão e outros no Inverno, mas gosto na mesma. No meu caso e nesta questão de a book for all seasons, as escolhas só divergem quando se trata de escolher livros para ler no avião, onde o medo não permite mais do que policiais ou as comédias de P. G. Wodehouse e, geralmente, até tenho de reler as passagens mais «intrincadas».
Mas a verdade é que também lá vou fazendo a minha pilha para a espreguiçadeira. Para este ano (que está a começar tão bem, com o calor marroquino), e, por enquanto, tenho Hillary Mantel e Wolf Hall; Brooklin de Colm Toibin e O Escriturário Indiano de David Leavitt.
Já têm a vossa lista pronta a partilhar?
Imagem [tirada daqui]: Man Ray, L´étolie de mer, 1928.

O banho de humildade que dá sair do poder central para o local

«Costa e Rui Rio a favor da criação de regiões na actual legislatura», por Margarida Gomes

Uma sociedade mais decente?

Quando acabar o frenesi do combate à desigualdade, à homofobia e a todas as outras fobias e ismos, o que sobrará?
(Helena Matos, «Os caixões com armas»)

Quando uma rádio vira «produto descontinuado»

«Rádio Clube Português vai fechar», por Romana Borja-Santos

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Leitura, tecnologia e saber: Manguel e Tapscott, ou duas visões estranhamente complementares?

«Alberto Manguel: “Estamos a destruir o valor do acto intelectual”», entrevista a Alberto Manguel por Ana Gerschenfeld

«A Internet deixa-nos mais inteligentes», entrevista a Don Tapscott por João Pedro Pereira

Matilde Rosa Araújo (1921-2010), musa da literatura júnior

«Morreu a fada-madrinha da literatura infantil portuguesa», por Luís Miguel Queirós

terça-feira, 6 de julho de 2010

Colóquio internacional sobre Paul Ricoeur começa amanhã

O nome original deste encontro internacional é Reading Ricoeur Once Again: Hermeneutics and Practical Philosophy / Relire Ricoeur à notre tour: herméneutique et philosophie pratique, uma vez que as línguas de trabalho serão o inglês e o francês.

Pretende ser uma homenagem àquele que é, segundo os organizadores, «uma das figuras mais importantes da filosofia contemporânea». Serão apresentadas mais de 100 comunicações sobre o seu contributo para a Ética, a Filosofia Social e Política e a Hermenêutica . Entre os oradores contam-se alguns dos maiores especialistas mundiais da obra de Ricoeur, como Axel Honneth (Johann-Wolfgang von Goethe Universität), sucessor de Habermas na direcção do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt e um dos filósofos mais influentes da actualidade, Richard Kearney (Boston College), divulgador da filosofia contemporânea europeia nos EUA, bem como diversos membros do Fonds Ricoeur (Paris).

Decorrerá até sábado, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (torre B, piso 1, aud.º 1). A organização cabe ao Centro de História da Cultura da FCSH-UNL e ao grupo Linguagem, Interpretação e Filosofia da Universidade de Coimbra.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não me digam que a Bristish Medical Association também faz parte do Lobby...

domingo, 4 de julho de 2010

A filosofia do dinheiro

Este é o título duma exposição inaugurada recentemente, comissariada por Miguel Amado e partindo do ensaio homónimo do sociólogo alemão Georg Simmel, publicado em 1900. A partir desta reflexão sobre o predomínio do capitalismo, a mostra propõe-se reflectir e questionar «os pressupostos deste sistema económico à luz da vigente crise financeira», interpelando o «Deus da época moderna», na expressão daquele co-fundador da sociologia alemã. Para ver estão obras de 28 artistas nacionais e internacionais, patentes até 5/IX no Museu da Cidade de Lisboa.

sábado, 3 de julho de 2010

A maior flor do mundo (o único conto para crianças de Saramago)

Aquilo que aqui vos deixo não é o conto em si, mas a adaptação do mesmo para um pequeno filme de animação, «A flor máis grande do mundo» (2006), pelo cineasta galego Juan Pablo Etcheverry. O narrador do filme tem a voz do próprio José Saramago. Quem estiver interessado na génese desta obra pode sabê-la pelas palavras do autor.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O crime compensa

E a Holanda elimina o melhor...

O melhor goleiro: Júlio César.

A melhor dupla de zaga: Juan e Lúcio.

O melhor atleta de Cristo: Kaká.

O melhor esquema tático de marcação.

O melhor esquema disciplinar: 50 dias de confinamento.

E por fim o melhor mau humor: Dunga.



quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pódio do Mundial 2010

Em período de palpites, aproveito para deixar o meu:

1.º) Argentina; 2.º) Brasil; 3.º) Espanha; 4.º) Uruguai.

Voz avisada chama-lhe a comunidade ibero-americana.

De futebol, entenda-se.