Mostrar mensagens com a etiqueta Lx Factory. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lx Factory. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O «ultra-transmonto» do cartoon

São os últimos dias duma exposição rara, a de caricaturas de Vasco, na Ler Devagar da Lx Factory. Embora pequena dá para recordar alguns dos seus melhores momentos dos últimos 50 anos. Para quem quiser dar uma mirada pela mostra, que acaba este sábado, pode ver as imagens desta reportagem da A.23, de Ricardo Paulouro e Ana Carvalho. Aí também se acede a um bom perfil do artista.

Humor do autor, mas em palavras, pode ser apreciado na polémica série da «Breve História de Portugal», depois continuada na revista Eito Fora, com trocas de galhardetes com um político mais pressuroso...

Nb: imagem retirada daqui.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Senhores projectos



Uma casa de papel para um ser de palavras, um projecto de arquitectura para uma, ou várias, personagens dos livrinhos de «O Bairro» de Gonçalo M. Tavares. Foi este o desafio colocado a um grupo de alunos universitários de arquitectura. O resultado está patente ao público no Lx Factory, em Alcântara.
Gonçalo M. Tavares na «poética» que tem desenvolvido sobre «Bloom Books», declara, aqui, que na ficção não faz sentido a perguntar: onde? Ou, se o fizermos, não devemos levantar os olhos do texto. A história que estamos a ler acontece mesmo na página escrita. Mas como também escreve noutro lugar qualquer da sua «poética» que o texto não deve imitar a fotografia, temos a liberdade de construir as nossas imagens das histórias e de compará-las com as imagens que outros criaram. O senhor Valery, o senhor Kraus, o senhor Brecht podiam mesmo habitar as maquetes em exposição no Lx Factory? Para responder a esta pergunta é mesmo preciso levantar os olhos do texto, sair de casa e ir lá ver. Aqueles projectos de habitação podiam tornar-se reais e povoar Alfama, o Bairro Alto, etc? Na minha opinião de leigo alguns tinham pernas para ficar de pé frente ao rio.
Quanto à «poética» de Gonçalo M. Tavares, Borges escreveu que o valor de qualquer «poética» reside não em ser mais verdadeira do que outra, mas em ser mais estimulante para o escritor que a inventou ou adoptou. Que lhe faça, pois, bom proveito.