Uma casa de papel para um ser de palavras, um projecto de arquitectura para uma, ou várias, personagens dos livrinhos de «O Bairro» de Gonçalo M. Tavares. Foi este o desafio colocado a um grupo de alunos universitários de arquitectura. O resultado está patente ao público no Lx Factory, em Alcântara.
Gonçalo M. Tavares na «poética» que tem desenvolvido sobre «Bloom Books», declara, aqui, que na ficção não faz sentido a perguntar: onde? Ou, se o fizermos, não devemos levantar os olhos do texto. A história que estamos a ler acontece mesmo na página escrita. Mas como também escreve noutro lugar qualquer da sua «poética» que o texto não deve imitar a fotografia, temos a liberdade de construir as nossas imagens das histórias e de compará-las com as imagens que outros criaram. O senhor Valery, o senhor Kraus, o senhor Brecht podiam mesmo habitar as maquetes em exposição no Lx Factory? Para responder a esta pergunta é mesmo preciso levantar os olhos do texto, sair de casa e ir lá ver. Aqueles projectos de habitação podiam tornar-se reais e povoar Alfama, o Bairro Alto, etc? Na minha opinião de leigo alguns tinham pernas para ficar de pé frente ao rio.
Quanto à «poética» de Gonçalo M. Tavares, Borges escreveu que o valor de qualquer «poética» reside não em ser mais verdadeira do que outra, mas em ser mais estimulante para o escritor que a inventou ou adoptou. Que lhe faça, pois, bom proveito.
Gonçalo M. Tavares na «poética» que tem desenvolvido sobre «Bloom Books», declara, aqui, que na ficção não faz sentido a perguntar: onde? Ou, se o fizermos, não devemos levantar os olhos do texto. A história que estamos a ler acontece mesmo na página escrita. Mas como também escreve noutro lugar qualquer da sua «poética» que o texto não deve imitar a fotografia, temos a liberdade de construir as nossas imagens das histórias e de compará-las com as imagens que outros criaram. O senhor Valery, o senhor Kraus, o senhor Brecht podiam mesmo habitar as maquetes em exposição no Lx Factory? Para responder a esta pergunta é mesmo preciso levantar os olhos do texto, sair de casa e ir lá ver. Aqueles projectos de habitação podiam tornar-se reais e povoar Alfama, o Bairro Alto, etc? Na minha opinião de leigo alguns tinham pernas para ficar de pé frente ao rio.
Quanto à «poética» de Gonçalo M. Tavares, Borges escreveu que o valor de qualquer «poética» reside não em ser mais verdadeira do que outra, mas em ser mais estimulante para o escritor que a inventou ou adoptou. Que lhe faça, pois, bom proveito.
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