Quanto ao primeiro, um cantor de «música latina», passou de sex symbol heterossexual para sex symbol gay, no ano passado ou por aí. Assumir isso publicamente é bom, para tirar a questão do armário; agora parece que a coisa foi um pouco tardia demais, senão vejamos: em 1.º lugar, já dezenas de países aprovar o casamento homosexual e avançam na promoção da igualdade de género. Depois, o artista lançou em 2011 um álbum que se chama Música + Alma + Sexo e cujo sexo no fim do título foi justificado por ser a coisa mais natural do mundo. Pois, se assim fosse, porque é que teve que esconder a sua orientação sexual tanto tempo? E porque diz que orientação é diferente de preferência e que o facto de ser gay não é uma escolha?
A segunda reportagem falou-nos dum bairro popular de Setúbal que há mais de 30 anos vem lutando para ter a sua infra-estrutura própria e que agora consegue chamar peritos de várias areas, desde urbanistas e malta das energias renováveis. Nada mau.
Para quem estiver interessado pode ver na página do programa «30 minutos», da RTP1.
E chegámos à parte final do título do post: o inevitável é que vem aí a privatização da RTP e já ninguém vai protestar por isso. Para chegar a este estado de coisas não contribuiu apenas a crise geral, mas também a lentidão de processos da instituição. A SIC já anda a fazer deste tipo de reportagens há mais de 15 anos, não é assim? Enfim, nem tudo foi negativo, como se constata no noticiário regional, na programação humorística, na capacidade tecnológica. Mas enfim, com propaganda oficial, grelha populista (hoje, o telejornal abriu com a morte do actor Angélico Vieira, enquanto a SIC abria com a revolta nas ruas de Atenas) e descaracterizada, etc. e tal, o barco foi ficando muito para trás...