Assim como aqueles que acham que podem ir vestidos para a honrada instituição da Igreja católica como se fossem para um sítio de lazer ou de desporto. Ou seja, «de chanatos ou com uma camisola do Benfica», como bem exemplifica o excelso reitor da UCP, o Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz.
Atenção que isto não é um dress code, uh!, apenas umas orientaçõezinhas seguidas da palavra dever: o reitor «deixou claro que "toda a gente achou que devia haver uma orientação", porque, observou, "não é normal as pessoas virem para a universidade de chanatos, toalha ao ombro e calções de banho"».
Hello! Dah!! «De chanatos, toalha ao ombro e calções de banho»?!!!!!?!!?!!!! Really??? WHERE?!!! WHEN?!!!
Os perversos jornalistas do Público bem tentam passar culpas para a Milú, mas a coisa parece ter mais diferenças que semelhanças: «Ainda há um ano, o Ministério da Educação aconselhava os professores a não usar havaianas, calções de praia, decotes e sapatos de salto alto durante os exames nacionais».
Mas o melhor resumo veio do comentador do mesmo diário, António Marujo: «O Conselho Académico de uma universidade católica poderia concentrar-se, por exemplo, na importância de criar alternativas à ditadura financeira dominante. E em que nela se ensinassem mais valores de acordo, por exemplo, com os apelos do Papa à “refundação do sistema financeiro” e menos com a formação de elites que reproduzem o desejo de lucro dos “mercados”».
Valha-nos a ex-aluna da Católica e actual ministra Assunção Cristas: o seu grito «tirem as gravatas» é um santo paradoxo!!!
1 comments:
O Conselho Académico da Universidade Católica recomendou que a sua comunidade adoptasse "formas de vestuário dignas e convenientes" e que se "chamasse a atenção dos que se apresentassem de maneira imprópria". Apesar dos seus estatutos não implicarem o uso de farda, suponho que, para quem não cumpra a directriz, seja infligido um qualquer tipo de castigo corporal ao melhor estilo pidesco, revisitando-se o Estado Novo, sempre tão castrador de razões democráticas e da liberdade de expressão individual. Para um estabelecimento de ensino que advoga ter "uma visão cristã do homem", tal e qual a Igreja que o suporta, deveria saber que mais importante do que a vestimenta e a aparência, é o espírito interior e o bom senso de cada um.
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