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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Música pelo Haiti

Foi lançada no último domingo a versão da música “Everybody Hurts”, do R.E.M, gravada para arrecadar fundos para o Haiti. A canção pode ser comprada pela Internet (aqui). A versão em CD está disponível desde ontem.

Entre os artistas que participam do projeto estão Leona Lewis, Rod Stewart, Susan Boyle, Miley Cyrus, Kylie Minogue, Jon Bon Jovi, Mariah Carey, James Blunt e Mika. O vídeo mistura imagens da gravação em Los Angeles com cenas da devastação provocada pelo terremoto no dia 12 de janeiro no Haiti.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dignidade

Pela sua relevância, transcrevo um texto da ong AVAAZ sobre o Haiti:
«Caros amigos, 
Apesar do terremoto, o Haiti deve pagamentos exorbitantes pela “dívida externa da ditadura” de anos atrás. Assine a petição para cancelar a dívida externa do Haiti, a Avaaz e parceiros irão entregá-la ao FMI e Ministros das Finanças semana que vem.
É chocante: mesmo com ajuda sendo direcionada para as comunidades desesperadas do Haiti, o dinheiro sai por outro lado para pagar a dívida externa exorbitante do país. Mais de $1 bilhão de uma dívida injusta acumulada anos atrás por credores e governos inescrupulosos.
O chamado pelo cancelamento total da dívida externa do Haiti está ganhando força ao redor do mundo e já convenceu alguns governantes. Porém, rumores dizem que outros países credores ainda estão resistindo. O tempo é curto: os Ministros das Finanças do G7 irão tomar uma decisão semana que vem em um encontro no Canadá.
Vamos gerar um chamado global por justiça, compaixão e bom senso para o povo do Haiti neste momento de tragédia. A Avaaz e parceiros irão entregar o chamado pelo cancelamento da dívida externa diretamente no encontro. Clique abaixo para assinar a petição e depois divulgue para os seus amigos: http://www.avaaz.org/po/haiti_cancel_the_debt/?vl.
Mesmo antes do terremoto, o Haiti já era um dos países mais pobres do mundo. Depois que os escravos Haitianos ganharam a independência em 1804, a França demandou bilhões em indenização – lançando uma espiral de pobreza e dívidas injustas que já duram dois séculos. 
Há alguns anos, campanhas globais pelo cancelamento de dívidas externas despertaram a consciência do mundo. Nos últimos dias, sob uma pressão crescente, financiadores começaram a dizer a coisa certa sobre o cancelamento da dívida externa do Haiti, que ainda é um fardo devastador para o país. 
Porém o problema está nas entrelinhas. Depois do tsunami em 2004, o FMI anunciou um alívio no pagamento da dívida externa dos países atingidos – mas os juros continuaram a acumular. Quando a atenção pública diminuiu, os pagamentos da dívida eram maiores do que nunca. 
Chegou a hora de cancelar a dívida externa do Haiti incondicionalmente para garantir que a ajuda enviada seja em forma de doação e não empréstimo. Uma vitória agora irá afetar a vida das pessoas do Haiti, mesmo depois que a atenção do mundo se dissipar. Participe do chamado pelo cancelamento da dívida externa e depois encaminhe este alerta para pessoas que se preocupam também».

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Hope For Haiti Now

Em resposta ao terremoto que afetou o Haiti, a MTV Networks apresenta amanha, a partir das 21 horas, o concerto “Hope For Haiti Now” (Esperança para o Haiti Agora). Este show global foi organizado pelo ator George Clooney e terá a presença de mais de 100 artistas, com o objetivo de arrecadar fundos pras vítimas do terremoto.

Até o momento, já estão confirmadas as presenças de Wyclef Jean, Bruce Springsteen, Jennifer Hudson, Mary J. Blige, Shakira e Sting, em Nova Iorque. Em Los Angeles, irão se apresentar Alicia Keys, Christina Aguilera, Dave Matthews, John Legend, Justin Timberlake, Stevie Wonder, Taylor Swift e uma perfomance conjunta de Keith Urban, Kid Rock e Sheryl Crow. No palco de Londres, se apresentarão Coldplay e uma atuação conjunta de Bono, The Edge, Jay-Z e Rihanna.

O programa será transmitido por todos os canais MTV e a estimativa e de atingir aproximadamente 640 milhões de lares em todo o mundo, incluindo a sua primeira cadeia na China, assim como outras grandes redes como a CNN, ABC, CBS e Fox.

O concerto também será transmitido ao vivo através de sites como YouTube, Hulu e MySpace e por algumas operadora de celulares (Estados Unidos e Europa). Além disso, no sábado, todas as apresentações estarão disponíveis para dowlond pago no iTunes.

Toda a renda será distribuída (em partes iguais) para as organizações que estão trabalhando efetivamente no Haiti: Oxfam America, Partners in Health, Cruz Vermelha, UNICEF e Fundação Yele Haiti.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

São quase todos pretos, Ou quase pretos, Ou quase brancos quase pretos de tão pobres

O Haïti é aqui!
Nada como uma catástrofe natural para por a nu as desigualdades; não me lembro de exemplo mais claro do que este sismo no Haïti.
A primeira república de negros, escravos que se revoltaram e declararam a sua própria libertação quando a Revolução Francesa ainda hesitava se haveria de abolir a escravatura ou não. Em 1794 a revolta dos escravos na então Saint Domingue levou à abolição de facto da escravatura antes que ela fosse declarada oficialmente em Paris. Toussaint Louverture foi o líder que começou a organizar um estado digno desse nome na então próspera colónia francesa. Quer dizer, próspera para os 30000 colonos brancos, mas autêntico inferno para os 500000 escravos negros. Quando Napoleão Bonaparte decidiu re-estabelecer a escravatura (1803), os ex-escravos recusaram o regresso à antiga condição, e venceram o exército de Napoleão (chefiado pelo seu cunhado). Toussaint Louverture, esse foi preso pelos franceses e não sobreviveu: primeira das tragédias do Haïti, mesmo antes de nascer. Mesmo sem Louverture a República do Haïti foi declarada em 1 de Janeiro de 1804. Pagaram caro a ousadia, pagam ainda hoje. A génese do Haïti só pode parecer bela para os idealistas que ignoram a realidade e as coisas práticas. Por exemplo, em 1825 para que a França reconhecesse a independência e renunciasse à soberania da antiga colónia, o Haïti teve que pagar 90 milhões de francos-ouro (inicialmente o valor era de 150 milhões), o que demorou mais de 60 a pagar e com as consequências que se pode imaginar nas finanças do país. O Le Monde publicou um excelente artigo sobre a história do Haïti, que talvez ajude a perceber como chegaram as coisas ao estado actual. Talvez esteja na hora de, finalmente, a comunidade internacional dar uma mão ao Haïti.

Deixo o link para mais duas organizações, a acrescentar a muitas outras, que procuram donativos para colaborar na ajuda humanitária ao Haïti: a HERO, para as necessidades imediatas, e a fundação "Architectes de l'urgence" para o esforço de reconstrução, que esperemos não tarde muito (pode ler-se aqui uma entrevista do presidente desta organização).

A foto é retirada do Flickr de Carel Pedre, um jornalista Haitiano, que tem conseguido manter-se ligado com o mundo através da internet.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti arrasado precisa agora de ajuda internacional

Foi o pior terramoto no país em 200 anos (de magnitude 7). Destruiu tudo à sua volta: casas, edifícios oficiais e da ONU. Desalojou a maioria da população e causou a morte de c.100 mil pessoas (imagens aéreas aqui).
Menos de 2 anos após furacões devastadores, o sismo só vem agravar a crónica instabilidade política e a crise social no Haiti.

Agora é a hora do auxílio humanitário internacional, e são já várias as ong's e fundações no trilho: Cruz Vermelha Internacional, Médicins sans Frontieres, AMI, William J. Clinton Foundation, além de agências oficiais de vários países e da ONU (vd. aqui).

ADENDA:

Aproveito para deixar os links directos de 2 ong's credíveis e de 1 fundação que estão a angariar fundos destinados a ajudar as vítimas do sismo no Haiti:

>AVAAZ (ong internacional que destinará as doações a «organizações locais confiáveis»,  como p.e. Honra e Respeito por Bel Air, uma grande rede comunitária sediada na capital do Haiti, também apoiada pela Viva Rio, e a CROSE- Coordination Régionale des Organisations de Sud-Est, que congrega alguns dos grupos comunitários mais activos no sul do Haiti, onde o terramoto foi mais intenso, incluindo grupos de mulheres, escolas e redes de cooperativas locais).

>AMI- Assistência Médica Internacional
>William J. Clinton Foundation (fundação do ex-presidente norte-americano e enviado especial das Nações Unidas para o Haiti, Bill Clinton).