Desde a redemocratização do Brasil, nunca presenciei tanta sujeira na vida política tupiniquim. Com todo o meu respeito à arte e aos profissionais circenses, o Congresso Nacional vem se tornando paulatinamente num verdadeiro circo dos horrores, onde o que vale são os interesse pessoais e corporativos, transformando-se num verdadeiro balcão de negociatas e trambiques.
Os escândalos pipocam pra todos os lados e são tantos que não vou aqui me deter com eles. Basta dar uma rápida olhadela nos jornais, nos telejornais e na Internet pra se interar deles. Se é que você tem tempo pra essa sacal missão.
Lamentavelmente, o perfil da maioria dos políticos brazucas é formado por oportunistas de plantão que buscam na atividade política apenas pelas benesses do poder, sem qualquer projeto que beneficie a sociedade como um todo. São, na prática, verdadeiros parasitas sanguessugas dela.
São pessoas que fazem de seus mandatos mais um cabide de emprego e usam o poder conquistado como passaporte para o enriquecimento ilícito próprio e de seus aspones (para quem não sabe, “aspone” é o tal Assessor de Porra Nenhuma). Para eles, o trabalho parlamentar implica apenas na defesa de seus inconfessáveis interesses pessoas, dos familiares e dos compadrios.
Assim, é jogador de futebol de um lado. É cantor decadente do outro. E agora é vez da nova praga tupiniquim invadir o cenário político, os ex-BBBs da TV Globo. Veja notícia aqui.
São os caso, por exemplo, dos ex-participantes do programa global Jean Wyllys, Dhomini e Dilsinho Mad Max, que agora usam os seu 15 minutos de fama conquistados lá no passado para serem conduzidos a cargos públicos eletivos.
Não que eles não tenham esse direito. Claro que sim, como todo e qualquer brasileiro. Mas a pergunta que faço aos meus botões é a seguinte: o que esses caras têm a oferecer politicamente? Como botões não respondem a perguntas, o mais sensato a fazer é pensar muito bem antes de cair no conto das celebridades, que de célebres não têm nada.
É por essas e outras que o cidadão brasileiro deve pensar e repensar antes de votar em quem quer que seja, pois somente a força do voto é capaz de mudar democraticamente esta nefasta realidade política tupuniquim. Se é assim, use-a então.
Em suma, já que o voto é obrigatório, vote bem. Escolha os melhores dentro de suas concepções e ideário. A decisão é toda sua. A vida real não é feita de pedros biais, bundas e peitões siliconados (nada contra eles) ou de eunucos intelectuais compostos só de músculos. Fique de olhos bem abertos pra essa nova ameça à nossa vida política antes de lançar seu voto na urna. Politica não se faz com os ti-ti-tis dos reality shows.