quarta-feira, 10 de abril de 2013

«Não há pior política do que a política do pior»

«Quem, num quadro de grande contenção e dificuldade, tem procurado assegurar o normal funcionamento das instituições, sente-se enganado com esta medida cega e contrária aos interesses do país», argumenta António Sampaio da Nóvoa, que considera que o congelamento de despesas decidido por Vítor Gaspar «é um gesto insensato e inaceitável, que não resolve qualquer problema e que põe em causa, seriamente, o futuro de Portugal e das suas instituições». «O Governo utiliza o pior da autoridade para interromper o Estado de direito e para instaurar um Estado de excepção. Levado à letra, o despacho do ministro das Finanças bloqueia a mais simples das despesas, seja ela qual for. Apenas três exemplos, entre milhares de outros. Ficamos impedidos de comprar produtos correntes para os nossos laboratórios, de adquirir bens alimentares para as nossas cantinas ou de comprar papel para os diplomas dos nossos alunos. É assim que se resolvem os problemas de Portugal?» (in "Uma medida cega que fecha o país e lança o caos, avisa reitor de Lisboa", Público on line).

Face aos inevitáveis efeitos desestruturadores deste despacho inaudito, indiciador de ausência de plano B, o que cabe ao PR fazer? A Constituição é clara no seu art.º 120.º: «O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas».

3 comments:

jrd disse...

Não há pior do que um presidente para quem o governo não é o pior...

Daniel Melo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel Melo disse...

Irá ele fazer alguma coisa? Tipo, reunir com líderes de outros países europeus para concertar estratégia de combate à crise e de resposta a este austeritarismo sem saída? O PR pode fazer isso, aliás, é das poucas coisas que ele pode fazer à-vontade, e com consenso nacional. De que estará à espera?