Afinal a «asfixia democrática» que Portugal sofria pára à porta da Madeira. Para Manuela Ferreira Leite, a autora do epíteto, aquela Região Autónoma é um oásis num país asfixiado: «bastião inamovível» e «um bom governo do PSD». E não sofre de asfixia pois o povo votante é soberano e até há jornais críticos do executivo local, mas que nem sofrem retaliações...Para lá das contradições insanáveis face ao padrão de crítica do governo socrático há ainda a considerar um paradoxo mais preocupante: o 'modelo de desenvolvimento' praticado pelo jardinismo do último trinténio é tudo menos aconselhável e supostamente deveria ser um exemplo a evitar para um partido que se diz defensor de menos Estado, controlo das contas, etc.. E, depois, não se vê como conciliar o actual discurso do PSD sobre a morigeração das obras públicas de envergadura com o jardinismo inauguracionista.
É verdade que todos os partidos políticos com algum lastro e dimensão têm os seus esqueletos no armário. Mas há esqueletos e esqueletos. E contradições e contradições.
PS: sobre a original via madeirense o Público publicou recentemente um interessante dossiê de balanço, que saiu num P2 que não consegui localizar mas que julgo ser de Julho passado.


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