Rendre hommage a 'womenageatrois'
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Meu querido mês de agosto
Hoje é o último dia do mês das férias. Deixo-vos um clássico do já desaparecido Dino Meira, para recordar este e outros Verões. Agora, só daqui a um ano voltaremos a ser Agosto. Já tenho saudades!
Posted by Renato Carmo at 11:19 0 comments
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
A marcha das tartarugas*
A revista Visão desta semana [1] refere-se a um projecto-piloto de protecção das tartarugas que envolve investigadores da Universidade do Algarve e técnicos de Cabo Verde, em parceria. Uma das medidas mais visíveis para se evitar a matança das tartarugas inclui a presença de militares com metralhadoras(!) para vigiar as praias mais procuradas pelos animais. Solitários ou em duplas, estes militares procuram conter os caçadores furtivos que insistem em interromper a lenta actividade em terra. Esta medida pretende deter a matança e garantir que o investigador da Universidade do Algarve possa estudar e filmar todo o processo até ao momento em que as tartarugas regressam sã e salvas ao mar. A missão dos militares está rodeada de obstáculos, entre os quais destaca-se a frequente proximidade (por laços de parentesco, de amizade ou de vizinhança) que os liga aos potenciais caçadores.
Lemos no artigo que a sensibilização das comunidades piscatórias (e não só) para que se tornem os "vigilantes da natureza" fica para o próximo ano. É de se supor que quando começar a intervenção para a mudança comportamental teremos mais um elemento para eliminar do imaginário popular: as imagens já formadas em que tartarugas aparecem automaticamente associadas a militares com metralhadoras!
Os dois técnicos cabo-verdianos envolvidos na protecção das tartarugas adoptam atitudes corajosas e abnegadas, como a de percorrer o areal e dissimular os vestígios das desovas para impedir que os ovos sejam descobertos. Além disso, e como nos dá a conhecer o artigo, todos negam gostar de carne de tartaruga.
Por todos estes factos, e porque não temos dúvidas de que as comunidades são as únicas que podem garantir a protecção das tartarugas, a longo prazo, sugestões devem ser apresentadas. Adiantamos algumas:
- convencer os gulosos (podem preservar a verdadeira identidade) que a carne da tartaruga é assim tão saborosa porque contém um dos principais elementos responsáveis por uma doença mortal contemporânea;
- descobrir quem é o responsável pela escassez crescente do atum nas águas de Cabo Verde;
- convencer os homens (com terapia, se necessário) a abandonar a crença de que a ingestão daquela parte do corpo da tartaruga traz ganhos à performance no acto sexual.
Posted by Daniel Melo at 00:01 2 comments
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Final de Agosto em beleza
Posted by Daniel Melo at 21:59 2 comments
terça-feira, 28 de agosto de 2007
A vez do peão honorário: Nelson Évora
Nelson Évora, peão honorário, de egrégios avós.
Posted by andre at 13:10 2 comments
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domingo, 26 de agosto de 2007
Vinhos de Palmela são bons p'ra ele e p'ra ela
À boleia da crítica de José A. Salvador na Visão da semana passada, aproveito para vos falar dum tipo de vinhos que é cá do agrado da casa: refiro-me aos vinhos de Palmela.
Quanto às 3 novas apostas varietais (Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional) sugiro a leitura dum post de José Teófilo Duarte reproduzido aqui.
Posted by Daniel Melo at 12:54 0 comments
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sábado, 25 de agosto de 2007
EPC no fio do horizonte (1944-2007)
É verdade que EPC nunca se preocupou em fazer uma crítica literária (ou outra) assente na sistematização da qualidade das obras saídas. A sua opção pela escrita sobre autores e obras que agradavam ao seu gosto pessoal, quantas vezes seus amigos pessoais, não é em si mesma negativa. Contudo, o meio da crítica perdeu assim um dos nomes que mais poderia incentivar essa busca por uma sistematização, essa necessidade duma maior procura da qualidade e das insuficiências e limites das obras. Dum inventário mais plural baseado na qualidade, no risco e na experimentação.
Seja como for, é inegável o seu impressivo contributo para o ensaísmo jornalístico, para uma maior informalidade na crítica e para uma certa saída das torres de marfim. Articulou, como poucos por cá, a análise de distintas áreas do saber: poesia, romance, fotografia, artes plásticas, cinema, política, filosofia, etc.. Ajudou a divulgar e a consagrar vários artistas, escritores e iniciativas. Fez bastante pelo debate público, com ideias e argumentos, num país pouco dado a ele.
Ultimamente, as crónicas de que gostava mais eram aquelas em que se detinha a comentar aspectos do nosso quotidiano social e cultural.
Porque nos ajudou a pensar a nossa contemporaneidade, aqui fica o meu reconhecimento.
Nb: vd. obituário informativo aqui.
Posted by Daniel Melo at 19:24 1 comments
Labels: crónica, Eduardo Prado Coelho, ensaio, Público
Justiça igual para "The Jena Six"
Entretanto, Pedro Azevedo Peres (autor daquele blogue) enviou-me uma mensagem que subscrevo inteiramente e passo a transcrever:
«Venho convidar-vos a subscreverem uma petição exigindo Justiça Igual para "The Jena Six" e a promove-la junto dos vossos amigos e contactos, e através das vossas colunas, blogs e sites.
Trata-se de um caso vergonhoso, um recuo de meio século nos Direitos Civis e Humanos, quando se transforma uma briga de escola, entre adolescentes, em crime de agressão agravada e de conspiração, e onde para sustentar tal acusação se transforma um par de ténis em arma de crime.
O jovem estudante branco que foi agredido, em resposta a repetidas provocações que lançou, e num contexto de tensão racial que já se arrastava desde há já alguns meses, teve apenas leves escoriações, que não o impediram de frequentar nesse mesmo dia um evento social;
Os 6 jovens estudantes negros, que presumivelmente o agrediram, foram de imediato presos e confrontados com uma acusação de homicídio tentado, que o Acusador Público, sem sustentação para uma acusação tão grave e não tendo conseguido que os incriminados se dessem por culpados, até ao primeiro julgamento, o do jovem Mychal Bell, alterou no último minuto para agressão agravada, com conspiração.
O jovem Mychal Bell, à data do “crime” com 16 anos, foi “julgado” perante um júri de brancos, – numa comunidade multiracial não ter na sua constituição nem um representante de uma minoria é obra – foi considerado culpado e espera que o juiz lhe decrete a respectiva sentença, que pode ir até 22 anos de prisão.
Podem ler a história, desde a sua génese – o direito de todos usufruírem da mesma sombra de um carvalho existente no pátio da escola – até à sua última actualização, publicada na Newsweek desta semana, em:
http://www.msnbc.msn.com/id/20218937/site/newsweek/page/0/
“A Town in Turmoil”, by Gretel C. Kovach and Arian Campo-Flores, Newsweek, Aug. 20-27, 2007 iss.
Poderão encontrar outras fontes e contactos em:
http://gajeiro.blogspot.com/
E finalmente poderão subscrever a petição em:
http://www.ipetitions.com/petition/JenaSix/index.html
N.B.: Esta petição foi criada apenas porque se tornava impossível subscrever outras já iniciadas nos EUA, ou porque se destinam expressamente a cidadãos americanos, ou a aí residentes, caso da petição da NAACP, que entendemos seguir o modelo e onde apenas alterámos a palavra “citizens” por “humans beings”.»
Posted by Cláudia Castelo at 09:58 1 comments
Labels: "The Jena Six", Justiça, petição, racismo
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Vem aí a nova caderneta do Peão! Coleccione já!!
Posted by Daniel Melo at 21:32 0 comments
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Festa na Cidadela*
ou Angola versus Cabo Verde no AfroBasket 2007
O comentário geral é o de que, neste campeonato, à excepção da equipa anfitriã, as “grandes” do basquetebol masculino do continente tiveram um fraco desempenho e estão irreconhecíveis. Para a imprensa africana[2], as derrotas das grandes provam que o basquetebol em África está em crise. Mas não dizem o que provam as vitórias das pequenas, em relação à expansão da modalidade em África. Na Nigéria, os media continuam a falar da hecatombe da sua selecção (www.asemana.cv) e a imprensa que cobre o AfroBasket 2007 ainda se mostra muito mais surpreendida com a derrota da Nigéria do que com a vitória de Cabo Verde.
O que importa é que hoje tem festa na Cidadela! Angola já ganhou de Cabo Verde (por uma grande diferença de pontos) da primeira vez em que se enfrentaram neste campeonato. Para o certame de hoje, a superioridade da equipe é por demais evidente, mas depois da derrota da Nigéria/ da vitória de Cabo Verde, a prudência manda guardar para si as certezas sobre as fraquezas do adversário em campo. Hoje, os jogadores angolanos, favoritos em campo, devem temer muito mais as fraquezas que costumam derrubar os fortes como eles em pleno voo (literalmente no basquetebol) e que deixaram o gigante Nigéria pelo caminho.
Mas vamos ter festa nas bancadas porque nos 4 períodos de duração de jogo, o gigante não será ameaçado, o fraco continuará orgulhoso dos seus próprios feitos. Afinal, o semba nunca brigou com a coladeira, nem a kizomba com o funaná ou o kuduro com o batuque.
[1] A ausência da qualificação do género costuma “indicar” que se trata do campeonato masculino.
[2] A imprensa, em geral, não deve ter sido informada de que está a decorrer este campeonato.
Posted by Daniel Melo at 23:12 3 comments
Labels: Angola, basquetebol, Cabo Verde
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Revista moderna renova pneu usado
A edição de amanhã do L'Express mostra-nos que o trabalho de controlo da imagem não pode ser deixado a amadores. Profissional mesmo é ter quem dê um toquezinhos com photoshop para, nos palcos que contam, eliminar o estival pneu. Se não, vejam as fotografias acima. À esquerda, temos o pneu de Nicolas Sarkozy retratado nas recentes férias nos States (foto N.Hamberg/Reuters). À direita, a mesma foto publicada pela revista Paris-Match de 9 de Agosto passado. O proprietário de Paris-Match, a famosa revista people, é Arnaud Lagardère, amigão de Sarkozy.
Quais wikipédias, meus amigos: só quem é do ramo percebe as manhas, os equívocos, os vícios e também as potencialidades do sector.
Posted by andre at 22:16 0 comments
Labels: imprensa, recauchutagem, Sarkozy
Quando a língua não é a nossa pátria*
O problema é que até agora Portugal tem se mostrado resistente à unificação ortográfica. Alega, entre outras coisas, que tem sido pressionado pelas grandes editoras portuguesas que têm medo de competir com as brasileiras. Argumento que não engulo, pois apesar da eterna crise em que vive mergulhado o mercado editorial brasileiro, muitas editoras estrangeiras estão se instalando aqui em busca de melhores resultados financeiros. A espanhola Santillana, que já é dona da Moderna (especializada em livros didáticos), comprou 75% da Objetiva. Da Espanha também vieram a Planeta e a Oceano. Os franceses também não perderam tempo. Caíram aqui de mala e cuia com a Larousse e a Vivendi, que comprou a Ática e a Scipione. Em suma: existem pelo menos 10 editoras estrangeiras operando no país e entre as sete maiores, cinco são estrangeiras. E não há qualquer entrave legal para que as editoras lusas venham pra cá abocanhar uma fatia de mercado, que apesar de ter apenas 25% (45 milhões – ver dados completos – e lamentáveis - abaixo[1]) de sua população de 180 milhões de habitantes com capacidade de ler textos mais complexos, chega a ser muito mais viável economicamente que a maioria dos países da União Européia.
Como se pode constatar, os editores portugueses não precisam temer as editoras brasileiras mas sim as estrangeiras, principalmente as espanholas. Por isso, acredito eu, a hesitação do governo luso em ratificar o acordo não passa pela questão econômica ou mercadológica. Na verdade, Portugal não quer é mesmo se render ao seu conservadorismo linguistíco, pois será o país que mais terá de se adaptar à reforma ortográfica propostas pelos signatários do acordo.
Eu, particularmente, gostaria que a discussão dessa reforma não se limitasse apenas e tão somente a questões econômicas e mercadológicas, mas que servisse de reflexão pra se corrigir as injustiças sociais que existem nos países membros da CPLP. É um exercício de pura ficção imaginar que haja unificação de uma língua quando a exclusão social tira o direito do indivíduo de acesso pleno à educação e a outros meios culturais. Também não podemos deixar de considerar as diferenças culturais e linguísticas que existem nos países lusófonos da África, que têm em sua língua materna o seu maior meio de comunicação entre os seus iguais. Por fim, os dados abaixo confirmam que pouca diferença fará uma reforma ortográfica aqui no Brasil. Eles servem de exemplo também de como poderia ser mais rentável (se esse é o caso) se nos países lusófonos a educação fosse uma prioridade de seus respectivos governos. Só poderemos afirmar que a língua é nossa pátria quando o analfabetismo for totalmente erradicado. Caso contrário, teremos sempre duas pátrias coexistindo num mesmo território onde o conceito de Pátria vai por água abaixo. E esse é o caso do Brasil.
---
[1] Segundo o Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional, obtido a partir de pesquisa da ONG Ação Educativa, em 2003, 8% da população brasileira, com idade entre 15 e 64 anos, é analfabeta, e c. 30% não conseguem localizar informações simples em uma frase. Outros 37 % só localizam informações em texto curto. Já os que conseguem estabelecer relações entre textos longos somam apenas 25%.
Posted by Cláudia Castelo at 22:02 6 comments
Labels: Acordo Ortográfico, analfabetismo, Brasil, CPLP, língua portuguesa
À sombra do racismo
Posted by Cláudia Castelo at 09:43 0 comments
Labels: racismo
terça-feira, 21 de agosto de 2007
O caso do milho transgénico: causas e excessos
Posted by Daniel Melo at 22:42 8 comments
Labels: ambiente, caso do milho transgénico, terceiro sector
De Férias (ou o meu país visto de fora)
- Ah!, par moments j'aime bien les embouteillages.
- ...!?!?!?
- Ici, je veux dire. [Nota: referindo-se ao cantinho à beira-mar plantado]
- Comment ça?
- Bah oui, on roule beaucoup moins vite!
Posted by Zèd at 22:37 0 comments
Labels: férias, Portugal, portugueses
domingo, 19 de agosto de 2007
João Vário (1937-2007)
Posted by Daniel Melo at 15:00 0 comments
Labels: biologia, Cabo Verde, João Vário, poesia
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Banalizar ou trivializar a historia (outra vez).
Ola a todos/as:
Hai xa demasiado tempo que non paseo polo peao. Agora vou de acó para aló, de carro - aínda que non conduzo nin aspiro a ocupar un alto cargo - de tren (lento), de avión (low cost), de autocarro (ateigado) ou, por sorte ultimamente, de bicicleta (regalada, como as dos nenos) . A maiores, estou de vacacións. A alimentación dos meus circuitos neuronais está parada, tamén por fortuna para min e, sobre todo, para aqueles que me rodean. Nembargantes, nos primeiros días das feiras, continuaba co mal vicio de comprar (e até de ler na praia) o xornal. Por fortuna, xa fun quen de deixalo.
Naqueles tempos, hai uns dez días, unha noticia chamoume a atención e fíxome reflexionar - en graos pouco profundos - acerca dun asunto sobre o que xa colguei noutra ocasión un post no noso caro peao. A saber, a banalización da historia, da que na España se está a encargar - entre outros medios de comunicación - unha canle de TV privada (Tele 5) que periodicamente emite programas sobre o lado máis "rosa" ou "amarelo" de personalidades da nosa historia recente, de Adolfo Suárez, primeiro presidente da nosa actual democracia constitucional, ao "generalísimo" Francisco Franco.
Pois ben, a imaxe que me golpeou, nesta mesma liña, foi a de Mijail Gorbachov sentado no asento de atrás dun coche de luxo e xunto a unha bolsa de viaxe da "popular" marca Louis Vuitton, esa mesma que patrocina competicións de deportes tamén "populares" como por exemplo a "Copa do América" de vela. De fondo, aquí ven o terrible, os testemuñais (e tamén turísticamente banalizados) restos materias do muro de Berlín que, suponse, aínda que dubido que este fora un obxectivo consciente da súa vontade política a mediados da década dos 80, "axudou a derrubar" o propio Gorbachov.
É imposible ollar para unha foto como esa e non sentir un pouco de embarazo ou de incomodidade. Xa non é que Gorbachov se teña convertido nun pseudo icono pop da mercadotecnia capitalista ou que Lenin, mesmo embalsamado, fora quen de levar as mans á cabeza, non. Viñéronseme á mente os milleiros de persoas que morreron intentando atravesar ó muro cara á República Federal Alemana, as familias separadas e divididas durante décadas, as vítimas da "stasi" da RDA, a tensión psicolóxica na que millóns de persoas en todo o mundo viviron como consecuencia da ameaza nuclear durante a Guerra Fría...
Coa súa colaboración, co seu toque de modernidade snob, Gorbachov púxose un pouco ao mesmo nivel que os Beckam, que o final van ser verdadeiros líderes mundiais e uns auténticos visionarios. Levará nesa bolsa de viaxe Gorbachov uns calzoncillos da marca Calvin Klein? Eu apostaría que si... A s novas xeneracións non saberán nada nin da Perestroika, nin das manifestacións e protestas dos grupos opositores que levaron o desartellanto da dictadura comunista soviética e do Partido Comunista da URSS, nin do golpe de Estado frustrado do verán de 1991, nin nada de nada sobre quen foi históricamente Gorbachov, máis aló dun señor que anunciaba bolsas de viaxe pijas, posh, quecks (se se escribe así) ou como raio se queira dicir...
Para completar o cadro, a foto en cuestión foi feita por unha reputada fotógrafa, precisamente especializada na fotografía das "personalidades" e dos "triunfadores" do noso tempo, de renome internacional como Annie Leibowitz, calquera non ten renome con este nome, a non ser que sexa veciño e campesiño nunha aldea perdida de Polonia ou de Ucraina... En fin, que a foto en cuestión é tamén unha "obra de arte". Iso si, agora xa non se lles poderá responsabilizar en exclusiva aos medios de comunicación ou as grandes empresas multinacionais, porque os propios actores ou axentes históricos (das elites) están dispostos a seren trivializados. Xa o dixera, a comezos dos anos 90, un moi coñecido cantautor español, Joaquín Sabina, cando cantaba: "No habrá revolución, es el fin de la utopía, ayer Lenin y Zsa Zsa Gabor se casaban en New York...".
PD: Alguén se anima a fabricar conmigo chapas de Gorbachov como esas que hai do Che Guevara? O negocio ten futuro. Eu insistiría na mancha ou eczema da cabeza como concepto Kitsch a comercializar.
Posted by Daniel Lanero Táboas at 22:17 3 comments
Senhoras e senhores, eis o peão mais peão do universo
Em seu tributo, elegemos como exemplo dessa determinação peonística o Julião, o peão mais peão do universo!
Pois é, o Julião movimenta-se a dobrar, não fora ele um quadrúpede, está sempre atento, pois o seu trabalho é o de guarda, brincalhão e lambusão, incomoda-se com as vespas como qualquer bom pachorrento dorminhoco.
E, sobretudo, é muito, muito farrusco.
Um abração, pois, ao superpeão Julião, que não esmoreça nas suas andanças campestres!
Ah, rafêro alantejano, tu queres é brincadêra.
Posted by Daniel Melo at 19:20 2 comments
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
le plat pays qui est (aussi) le mien
Lá estarei dentro de umas horas.
Jacques Brel, LE PLAT PAYS, 1962
Avec la mer du Nord pour dernier terrain vague
Et des vagues de dunes pour arrêter les vagues
Et de vagues rochers que les marées dépassent
Et qui ont à jamais le coeur à marée basse
Avec infiniment de brumes à venir
Avec le vent de l'est écoutez-le tenir
Le plat pays qui est le mien
Avec des cathédrales pour uniques montagnes
Et de noirs clochers comme mâts de cocagne
Où des diables en pierre décrochent les nuages
Avec le fil des jours pour unique voyage
Et des chemins de pluies pour unique bonsoir
Avec le vent d'ouest écoutez-le vouloir
Le plat pays qui est le mien
Avec un ciel si bas qu'un canal s'est perdu
Avec un ciel si bas qu'il fait l'humilité
Avec un ciel si gris qu'un canal s'est pendu
Avec un ciel si gris qu'il faut lui pardonner
Avec le vent du nord qui vient s'écarteler
Avec le vent du nord écoutez-le craquer
Le plat pays qui est le mien
Avec de l'Italie qui descendrait l'Escaut
Avec Frida la blonde quand elle devient Margot
Quand les fils de novembre nous reviennent en mai
Quand la plaine est fumante et tremble sous juillet
Quand le vent est au rire quand le vent est au blé
Quand le vent est au sud écoutez-le chanter
Le plat pays qui est le mien.
Posted by vallera at 00:21 1 comments
Labels: Bélgica, Jacques Brel, Le Plat Pays
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
+ leitura no Verão
Posted by Sofia Rodrigues at 23:26 0 comments
Labels: Booker Prize, leitura
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Nótula sobre o papel do indivíduo na história
Nascer é a principal decisão das nossas vidas. E não fomos nós que a tomámos.
Posted by andre at 10:20 0 comments
Labels: causalidade, História
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Perfume exótico*
Posted by Sofia Rodrigues at 22:31 0 comments
Labels: Baudelaire, gato sarado do mês, Gaultier, homossexualidade, publicidade
Paris em Agosto (ideologia de bac-à-sable)
Se o objectivo era pôr a miúda a falar francês, as primeiras incursões no maravilhoso mundo dos bac-à-sable parisenses (as caixas com areia dos parques infantis) foram um bocado falhadas. Primeiro, no jardim da Avenue Junot (Duc d'Abrantès, como se lê na placa da rua), demos com três mocinhas, qual delas a mais bonita, de Alfândega da Fé (Trás-os-Montes). Hoje, no parc de la Turlure, mais uma família veraneante portuguesa. Ontem, um Michelangelo bilingue franco-italiano com a camisola do Totti. Hoje, um Dario bilingue franco-inglês. Os parisienses franco-franceses foram-se todos embora de férias ou o multilinguismo invadiu de vez os castelos fortificados de areia deste país? Não dá para fazer uma sociologia do bac-à-sable.
Mas uma ideologia, sim. O bac-à-sable é o lugar onde se refugiou a ideia de fraternidade universal, a utopia de que todos seremos de novo felizes e perfectíveis juntos. Tudo é de novo possível no bac-à-sable, infância das relações entre as pessoas, mediada pelas crianças e estendendo-se aos pais sorridentes. O bac-à-sable é o contrário do metro em hora de ponta. A desconfiança e a inveja, o empurrão, o insulto, a ameaça de confronto físico, tudo são ali coisas de criança que se combatem com suaves sermões. Reina a tolerância, o sorriso amável, a pedagogia do bem comum em harmonia com a vontade individual. Não é um oásis, entenda-se, é um lugar primordial que existe e onde se está bem. Quem volta do bac-à-sable, volta um bocadinho Proudhon, volta um bocadinho Rousseau (embora eu duvide que o Rousseau fizesse castelos de areia tão bem como o Michelangelo).
Posted by andre at 13:40 0 comments
Labels: ideologias, Paris em Agosto
domingo, 12 de agosto de 2007
Torga, neste Verão
Posted by Cláudia Castelo at 19:59 4 comments
Labels: efeméride, liberdade, Miguel Torga
O Verão e o Vinho
Posted by Zèd at 16:19 0 comments
Labels: DJ Peão, vinhos ao domingo
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
A ASAE dá AZAR (perguntem ao Daniel)
- Cláudia Castelo teme pelos caracóis;
- Sofia Rodrigues pelas farturas;
- Daniel Melo e Vallera pela aguardente de medronho.
Em contrapartida, a protopeão Iolanda Évora, na vanguarda da «cena clean», nada teme com o seu «kit» completo Bio.
Posted by Sofia Rodrigues at 01:39 1 comments
Labels: ASAE, Preocupações, Sul
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
O monstro
Posted by Renato Carmo at 20:21 0 comments
Labels: Alegoria, cinema asiático, Coreia do Sul
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Paris em Julho
Posted by Zèd at 18:14 3 comments
domingo, 5 de agosto de 2007
Paris em Agosto
Vendam-me o Nuno Gomes e eu vendo o que resta da minha alma benfiquista.
Posted by andre at 13:30 0 comments
Labels: Benfica, Nuno Gomes
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
When the shit hits the fan
Convém referir que a acusção contra as enfermeiras e médico búlgaros é completamente descabida. Um relatório encomendado pelo próprio tribunal líbio que julgava o caso a Luc Montagnier e Vittorio Colizzi (que são "só" respectivamente o responsável pela descoberta do HIV e o presidente da Fundação Mundial para a investigação e prevenção da SIDA) conclui que as infecções das crianças com HIV não pode ser sido causada pelo pessoal médico búlgaro mas pela falta de condições de higiene no hospital em que ocorream. O tribunal recusou depois o relatório que havia encomendado a Montagnier e Colizzi, e elaborou o seu próprio parecer. A revista Nature solicitou a vários especialistas a opinião sobre ambos os relatórios, e o apoio a Montagnier e Colizzi é claro e unânime. A acusação levada a tribunal baseou-se apenas em confissões obtidas sob tortura.
As enfermeiras e o médico búlgaros foram libertados esta semana, poucos dias depois do presidente francês Nicolas Sarkozy ter visitado a Líbia. A União Europeia já tinha dado à Líbia ajuda financeira às famílias das vítimas. Mas na tal entrevista Saïf Kadhafi reconhece que a Líbia obteve como contrapartida para a libertação dos prisioneiros búlgaros por parte da França, e com intervenção directa de Nicolas Sarkozy, a negociação de dois contratos de fornecimento de armamento (de 168 e 128 milhões de euros). O negócio foi confirmado por líbios e franceses. Claro que estas declarações provocam o embraço do governo francês, mas não é só a França que tem razões para se preocupar. Saïf Kadhafi deixa também entender que o Reino Unido deu contrapartidas que envolvem Abdel Basset Ali Al-Megrahi, condenao a prisão perpétua na Escócia pelo atentado de Lockerbie. Foi precisamente por a Líbia ter aceite a extradição de Al-Megrahi que lhe foi levantado o embargo internacional em 2004. Parece agora que o direito de apelo que foi concedido pela segunda vez recentemente a Al-Megrahi é uma contrapartida para a libertação das enfermeiras e médico búlgaros. Saïf Kadhafi vai mais longe e afirma-se esperançado na extradição de Al-Megrahi para a Líbia em breve (o que foi desmentido por Londres).
Assim se faz portanto a diplomacia. Pessoal médico em missão humanitária vê-se acusado de crimes absurdos, torturados e condenados à morte. Mas não há problema, transformam-se os condenados em moeda de troca para venda de armamento. No pacote talvez se inclua ainda a troca daquele que há poucos anos era a condição absolutamente essencial para que a Líbia fosse aceite na comunidade internacional. Nisto algumas coincidências de datas parece-me estranhas; Quando a Líbia extraditou Al-Megrahi em 2003, já as enfermeiras búlgaras estavam presas, desde 1999, no entanto só foram condenadas pela primeira vez em 2004, quando a Bulgária fazia já parte da União Europeia.
Posted by Zèd at 10:40 0 comments
Labels: Diplomacia, Kadhafi, Líbia, Política Internacional, Sarkozy
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Em slowmotion, ou o ideal koala...
a pedido de várias famílias, neste caso, famílias de bloggers, aqui estou eu para vos dizer que é bem provável que neste mês que ora irrompe se esmoreça ligeiramente o estonteante ritmo de produção e a febril criatividade a que nos habituou este vosso blogue.
E digo ligeiramente, suavemente, calmamente, tal como o tempo que faz. Suave, ligeiro, calmo...
Há uns anos atrás vi um daqueles documentários da moda sobre o designado «reino animal». Era dedicado ao koala. Sucede que este ternurento bichinho tem uma particularidade curiosa: demora séculos a descer duma simples árvore. Quando digo uma eternidade é mesmo a sério: levava horas a desprender-se dos galhos.
Pois este blogue é capaz de ficar koalazado durante uns tempos.
Nada como ir espreitando, nunca se sabe. Pode ser que, entretanto, algum dos koalas tenha conseguido chegar ao solo e tenha vislumbrado um amigável teclado...
Posted by Daniel Melo at 00:01 4 comments
Labels: férias