domingo, 26 de agosto de 2007

Vinhos de Palmela são bons p'ra ele e p'ra ela

À boleia da crítica de José A. Salvador na Visão da semana passada, aproveito para vos falar dum tipo de vinhos que é cá do agrado da casa: refiro-me aos vinhos de Palmela.

Nestes, há um produtor que se tem vindo a destacar, a Casa Ermelinda de Freitas.
É uma empresa vitivinícola familiar, que em poucos anos saltou de pequeno fabricante de vinhos a granel para um caso de sucesso, com vinhos muito competitivos e apostando em preços médios. Os principais críticos renderam-se-lhe, destacando a boa relação qualidade/ preço patente na maioria dos seus vinhos.
Dos seus 130 hectares de vinha, 100 são dedicados à casta Castelão, também conhecida como Castelão Francês, Periquita ou João Santarém. O Castelão é uma casta tinta elegante, não muito encorpada, com aromas a baunilha e frutos silvestres (em especial, a mirtilho).
Dos que têm Castelão, gosto e costumo comprar o Terras do Pó (seja o corrente, seja o reserva) e, por vezes, o Dona Ermelinda. Vários apreciadores destacam o seu Quinta da Mimosa, que em anos de boas colheitas origina o Leo D'Onor (sendo este caro, embora muito apreciado). Tudo vinhos premiados, tanto a nível nacional como internacional.
Quanto às 3 novas apostas varietais (Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional) sugiro a leitura dum post de José Teófilo Duarte reproduzido aqui.
Nos brancos, a região dedica-se muito às castas Fernão Pires e Moscatel, e esta casa tb. tem boa oferta nesta gama (nos mais acessíveis, e combinando ambas as castas, está em alta o Fonte do Nico, da Cooperativa Agrícola de St.º Isidro de Pegões).
Na região há outros bons produtores, Salvador destaca ainda um Verdelho especial da Coleção Privada do Domingos Soares Franco, além da Bacalhoa Vinhos, que tem 2 excelentes vinhos: o tinto Má Partilha (um Merlot guloso mas caro) e o branco Moscatel (a bom preço e gostoso). Então, boa conversa e bons vinhos!

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