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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
É fartar vilanagem
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Daniel Melo
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Esta reforma administrativa é válida?
Pelo que deu para ler sobre o respectivo livro verde, sim e não. Eu ex-pi-li-co.
Sim, porque pretende cortar em desperdício de fundos públicos e em racionalizar parte da máquina da administração local, como p.e., reduzindo os executivos camarários via lógica monocolor, cortando no absurdo de vereadores da oposição (essa tem espaço próprio na assembleia municipal). A extinção dos governadores civis é de aplaudir, mas já fora aprovada há umas semanas atrás.
Não, porque mantém um n.º elevado de vereadores (8 para executivos monocolores não é demais?), porque corta nas freguesias aparentemente sem um critério coerente e adequado, porque não avança um critério adequado para a fusão dos municípios. Mas os principais limites são outros.
Em primeiro lugar, porque mantém o princípio das empresas municipais, que são o grande cancro da administração local, pois é daí que vem o grande buraco, isto segundo a troika. Devia-se, pura e simplesmente, extinguir TODAS as empresas municipais, as direcções-gerais servem perfeitamente para o serviço.
Em segundo e último lugar, porque recupera a figura das comunidades intermunicipais, que nada fizeram nos tempos dos governos Durão Barroso/ Santana Lopes, e que são, sobretudo, um modo demagógico de ocultar a necessidade da existência dum poder político-administrativo intermédio legitimado entre os poderes central e local para a boa racionalização dos recursos públicos e para o envolvimento dos cidadãos na coisa pública, dois pontos fulcrais de qualquer democracia digna desse nome.
E mais não digo, já deve chegar para meditação.
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Daniel Melo
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Labels: administração pública, políticas públicas, reformas, regionalização, território
Um yes man dos especuladores em discurso directo, ou como funciona a cabecinha dos tipos que estão a afundar a economia mundial
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Daniel Melo
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Labels: crise política, especulação financeira
domingo, 25 de setembro de 2011
Mudanças no mapa político europeu
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Daniel Melo
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Labels: alternativa política, crise política, eleições, esquerda, Esquerda plural, Europa
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Júlio Resende (1917-2011): o pintor da ribeira
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Labels: artes plásticas, azulejaria, banda-desenhada, cultura portuguesa contemporânea, neo-realismos
A esquerda no seu labirinto
Discutiu-se hoje uma proposta de Lei de Bases da Economia Social no parlmento português. A ideia não foi lançada pela esquerda, mas sim pelo PSD. Para maior espanto, toda a esquerda parlamentar (PS, BE, PCP e Verdes) recusou em Fevereiro passado esta mesma proposta.
A proposta visa «delegar mais atribuições ao sector social» quanto a oferta e creches, centros de dia e lares de idosos. Neste momento, o Estado apenas cobre 4,6% destas áreas (leram bem). Isto já é assim há décadas. Tenham sido os governos PS, PSD, PREC ou Estado Novo. Leram bem, novamente.
Neste âmbito, o PSD quer dar um novo enquadramento jurídico às associações voluntárias que mais colam com o seu ideário, i.e., IPSS, ong's, fundações, além de associações ambientalistas e cooperativas.
A oposição, pela voz do PCP, é contra, porque acha a proposta de lei «desnecessária» e porque «o funcionamento destas organizações está consagrado na Constituição», além de significar «uma desresponsabilização do Estado».
É verdade que é um alheamento do Estado, mas ele vem do PREC, quando o PCP também era governo. Quanto à Constituição, é o PCP o partido que mais se bate para que haja regulamentação do articulado referente às organizações da sociedade civil, às organizações populares de base territorial. E esta hein?
A ideia de que uma posição de esquerda implica obrigatoriamente um intervencionismo estatal só serve para reforçar quem há muito tem o poder através do Estado, e não é a esquerda. O jacobinismo pavloviano é o alibi perfeito para quem tem uma noção paternalista dos povos, acha que tudo tem que ser dirigido do topo (sejam elites ou vanguardas esclarecidas) e não quer pensar o mundo tal qual ele existe hoje e não há 200 anos atrás.
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Daniel Melo
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Labels: alternativa política, debate público, economia, parlamento, terceiro sector
sábado, 17 de setembro de 2011
Até quando continuará este sr. impune?
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«Desvio [nas contas da Madeira] igual ao dobro da sobretaxa do Natal»
«Dívidas da Madeira obrigam a revisão dos défices entre 2008 e 2010», por Ana Rita Faria
Adenda: para se perceber até que ponto isto só foi possível com muitas altas cumplicidades vd. o ex. do PR: «Cavaco Silva entre o silêncio e o elogio à Madeira».
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Daniel Melo
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Isto é uma democracia?! A sério?!
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Daniel Melo
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Labels: Angola, democracia, ditaduras, Polícia, violência
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Pé-ro-las do mi-nis-tro Ras-par
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«neste momento, essa possibilidade [novas subidas de impostos] não faz parte do cenário central» [prémio de encenação 2011]
«Existem sempre limites aos sacrifícios. Estou convencido que os limites que os portugueses estão dispostos a aceitar para resolver esta verdadeira crise nacional são elevados. Os portugueses estão determinados a fazer o que for necessário para superar a crise e para colocar Portugal num caminho de prosperidade e afirmação na Europa e no Mundo» [então, existem limites ou não?]
Fonte: «Medidas do lado da receita são as únicas concretizáveis em tempo útil».
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domingo, 4 de setembro de 2011
Fim de férias
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Sofia Rodrigues
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Labels: Cherubim and Seraphim, Maira Kalman, The principles of uncertainty
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Um stakhanovista inesperado
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Até que... Até que o mister tranquilidade veio dizer que a pessoa em causa desertara. Oh! Que coisa feia!!
Contudo, há algo de errado neste desfecho ingrato. A bem dizer, algo de deslocado. Na origem esteve uma genuína e indesmentível vontade de trabalhar em prol da pátria, ressoando a gesta produtiva dos stakhanoves de outrora.
Abelhinha workaholic, talvez. Agora, militar desertor? Vindo dalguém também conhecido por ser formiguinha no meio do campo?
Vá, revejam lá o guião, que a coisa está mal contada. Mereceis melhor.
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Daniel Melo
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Labels: futebol e opinião de péssima qualidade, polémicas, Portugal, trabalho
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Um dia de vassalagem em Berlim
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Para finalizar bem o dia, um esclarecimento urgente: as novas medidas que retiram uns tostões aos ricos são só por 2 anitos. Doutro modo, os pobres e remediados ainda podiam ficar mal habituados...
Portanto, nada de modernices como as pedidas por milionários dos EUA, Alemanha e França, que exortaram os respectivos governos a cobrarem uma taxa sobre as grandes fortunas. Ou pelo inesperado presidente Cavaco Silva. Segundo a imprensa, «a posição do primeiro-ministro português é um "não" rotundo». E porquê? Ora, muito simples: «"porque precisamos de atrair fortunas, investimento e capital externo", argumenta Passos Coelho, numa entrevista publicada hoje pelo diário espanhol El País».
E prossegue: «Em relação à assimetria fiscal em Portugal entre os rendimentos do trabalho e do capital (a taxa dos primeiros é o dobro da dos segundos para o mesmo nível de rendimentos), Passos lembra que "a assimetria fiscal é patente em toda e UE"».
Ainda bem que há puros que não sabem que países como Portugal têm muito mais desigualdade que a maioria dos restantes países. Corriam o risco injusto de os apelidarem de anti-patrióticos...
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Daniel Melo
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22:22
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Labels: desigualdades construídas pelo Estado, desigualdades sociais, justiça social, riqueza