ou Angola versus Cabo Verde no AfroBasket 2007
Hoje, Luanda é festa, na certa. Às 20:00 começa um dos jogos das meias-finais do AfroBasket[1] 2007, entre Angola e Cabo Verde. Prevê-se lotação esgotada na Cidadela, com torcida maioritária de orgulhosos angolanos ou angolanos orgulhosos (o que neste momento é a mesma coisa) porque a equipa tem correspondido ao favoritismo que lhe fora apontado desde o início. Mas já sabemos (e os angolanos também) que vamos contar com a presença significativa de torcedores da equipa de Cabo Verde, imigrantes que têm se esforçado por acompanhar e apoiar os rapazes vindos do arquipélago. Como sempre acontece, a comunidade de cabo-verdianos em Angola deu uma mãozinha aos jogadores para colmatar as deficiências de uma estadia que as autoridades desportivas do arquipélago nunca asseguram a 100% (excepto, talvez, quando se trata do futebol). Assim, entre abraços, cachupas, e funges também, é claro, os acarinhados rapazes acabaram por sentir-se em casa, em Angola, e protagonizaram duas das maiores surpresas do campeonato: estão nas meias-finais, e pelo caminho, derrotaram a Nigéria, a poderosa equipa de sempre do basquetebol em África.
O comentário geral é o de que, neste campeonato, à excepção da equipa anfitriã, as “grandes” do basquetebol masculino do continente tiveram um fraco desempenho e estão irreconhecíveis. Para a imprensa africana[2], as derrotas das grandes provam que o basquetebol em África está em crise. Mas não dizem o que provam as vitórias das pequenas, em relação à expansão da modalidade em África. Na Nigéria, os media continuam a falar da hecatombe da sua selecção (www.asemana.cv) e a imprensa que cobre o AfroBasket 2007 ainda se mostra muito mais surpreendida com a derrota da Nigéria do que com a vitória de Cabo Verde.
O que importa é que hoje tem festa na Cidadela! Angola já ganhou de Cabo Verde (por uma grande diferença de pontos) da primeira vez em que se enfrentaram neste campeonato. Para o certame de hoje, a superioridade da equipe é por demais evidente, mas depois da derrota da Nigéria/ da vitória de Cabo Verde, a prudência manda guardar para si as certezas sobre as fraquezas do adversário em campo. Hoje, os jogadores angolanos, favoritos em campo, devem temer muito mais as fraquezas que costumam derrubar os fortes como eles em pleno voo (literalmente no basquetebol) e que deixaram o gigante Nigéria pelo caminho.
Mas vamos ter festa nas bancadas porque nos 4 períodos de duração de jogo, o gigante não será ameaçado, o fraco continuará orgulhoso dos seus próprios feitos. Afinal, o semba nunca brigou com a coladeira, nem a kizomba com o funaná ou o kuduro com o batuque.
[1] A ausência da qualificação do género costuma “indicar” que se trata do campeonato masculino.
[2] A imprensa, em geral, não deve ter sido informada de que está a decorrer este campeonato.
O comentário geral é o de que, neste campeonato, à excepção da equipa anfitriã, as “grandes” do basquetebol masculino do continente tiveram um fraco desempenho e estão irreconhecíveis. Para a imprensa africana[2], as derrotas das grandes provam que o basquetebol em África está em crise. Mas não dizem o que provam as vitórias das pequenas, em relação à expansão da modalidade em África. Na Nigéria, os media continuam a falar da hecatombe da sua selecção (www.asemana.cv) e a imprensa que cobre o AfroBasket 2007 ainda se mostra muito mais surpreendida com a derrota da Nigéria do que com a vitória de Cabo Verde.
O que importa é que hoje tem festa na Cidadela! Angola já ganhou de Cabo Verde (por uma grande diferença de pontos) da primeira vez em que se enfrentaram neste campeonato. Para o certame de hoje, a superioridade da equipe é por demais evidente, mas depois da derrota da Nigéria/ da vitória de Cabo Verde, a prudência manda guardar para si as certezas sobre as fraquezas do adversário em campo. Hoje, os jogadores angolanos, favoritos em campo, devem temer muito mais as fraquezas que costumam derrubar os fortes como eles em pleno voo (literalmente no basquetebol) e que deixaram o gigante Nigéria pelo caminho.
Mas vamos ter festa nas bancadas porque nos 4 períodos de duração de jogo, o gigante não será ameaçado, o fraco continuará orgulhoso dos seus próprios feitos. Afinal, o semba nunca brigou com a coladeira, nem a kizomba com o funaná ou o kuduro com o batuque.
[1] A ausência da qualificação do género costuma “indicar” que se trata do campeonato masculino.
[2] A imprensa, em geral, não deve ter sido informada de que está a decorrer este campeonato.
* Iolanda Évora
3 comments:
Saravá, Io.
Não gosto lá muito de basquete não. me dá vertigens. e, pior, não tem gol. mas deixemos isso pra lá e dancemos, pois, já que tudo é festa em Luanda.
Agora, sobre ter ficado chateado com o tupiniquim, fiquei não. Afinal, tenho também o meu lado Tropicália: Tupi or not tupi - This is the question.
Jocas.
IOLANDA
Elevar-se acima do adversário, sustentar a bola com uma mão, calcular a força exacta e suficiente, lançá-la com a outra mão e ouvir o "chuá" da rede que treme quando a bola entra e decide o jogo a 28 segundos do seu final! O que deve ter sentido o jogador há poucos minutos, no AfroBasket 2007 em Angola?
Cabo Verde 53, Egipto 51!
Terceiro lugar no AfroBasket para os ilhéus.
E a festa continua na Cidadela!
tudo bem. mas o gajo não grita goooooooooool quando a bola estufa as redes. de qualquer forma, parabéns. só espero que não falte um bom grogue nessa festança toda.
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