Quem o diz é o Banco Mundial, que apela à redução de subsídios aos biocombustíveis, tanto na Europa como nos EUA. A cacha foi lançada pelo The Guardian, no final da semana passada, de acordo com um estudo do Banco Mundial que datava de Abril (e que só entretanto foi divulgado, em cima da Cimeira dos G8).
Este estudo contraria as estimativas oficiais do governo dos EUA, o qual sustentava que os biocombustíveis afectavam os preços alimentares em apenas 3%.
O Banco Mundial divulgou um plano de acção com 10 pontos, para travar o aumentos dos preços dos alimentos.Este estudo contraria as estimativas oficiais do governo dos EUA, o qual sustentava que os biocombustíveis afectavam os preços alimentares em apenas 3%.
O mandatário da ONU para o direito à alimentação, Jean Ziegler, já há vários meses que vinham denunciando a situação (vd. aqui).
E agora, o que dirão os neoliberais que teimavam em refutar o que muitos já suspeitavam? Voltarão a assoprar para o ar, como de costume?
Fonte: PEIXOTO, Margarida (2008), "Banco Mundial pede redução de subsídios aos biocombustíveis", Diário Económico, 7/VII, p. 14.
Nb: imagem de cartoon de Miel retirada daqui.
Nb: imagem de cartoon de Miel retirada daqui.
2 comments:
É a especulação. Não são os biocombustiveis per si.
Claro que não foram os biocombusíveis per si, mas o facto é que o seu incentivo (subsidiação oficial em muitos países, incluindo na União Europeia) levou a que os recursos alimentares (e espaços de cultivo) diminuissem significativamente e, com isso, tornou viável a especulação.
Concerteza.
A provocação aos neoliberais tem a ver com isso, é que eles diziam que não havia especulação nenhuma nem concorrência nenhuma entre produções.
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