quinta-feira, 18 de março de 2010

Museu da Cidade (outra vez)

aqui falei, mal, do Museu da Cidade. Aproveito, agora, para falar bem, a propósito de três exposições (todas fora do edifício, porque dentro imagino que continue tudo igual).
No Pavilhão Preto e a comemorar os 100 anos do Museu, a exposição «Lisboa tem histórias», cruza histórias de lisboetas mais ou menos anónimos e de vários tempos com o espaço da cidade. Tirar as peças do Palácio foi mesmo uma boa ideia.
O Jardim Bordallo Pinheiro, projecto de Joana Vasconcelos para o jardim de buxo murado, tem um ambiente fantástico, entre o reforço decorativo de um jardim palaciano e a mais feérica imaginação; gatos eriçados nos muros, macaquinhos nas árvores e uma indescritível fonte digna de aquário de marisqueira.
No Pavilhão Branco (e esta exposição não sei se ainda está), Vasco Araújo pega nas gravuras oitocentas que Debret fez no Brasil e, em fimo, coloca figuras dentro de «ovos fabergé», que explicitamente representam as relações de poder entre brancos e negros. As legendas pertencem a Padre António Veira, «A pior coisa que têm os maus costumes é serem costumes, ainda é pior que serem maus.»
E todas gratuitas, é só esperar por um fim de semana de sol.

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