terça-feira, 16 de março de 2010

Novas do centralismo democrático: a «lei da rolha» de PSL

O principal partido da oposição em Portugal está em congresso extraordinário por iniciativa dum dos seus dirigentes e ex-premiê, Pedro Santana Lopes. O mesmo foi convocado para ajudar a escolher o novo líder partidário que terçerá armas com o líder situacionista, em contexto de crise económico-social e de rápida erosão da credibilidade do premiê de turno.

Entretanto, nesse encontro o mesmo dirigente resolveu propor uma cláusula de punição dos militantes que se pronunciem criticamente face ao líder de turno nos 60 dias pré-pugnas eleitorais. A dita moção foi aprovada, embora à revelia dos 3 candidatos a líder, logo apodada de «lei da rolha» e tudo indica que não terá vida longa...

Convém ressalvar que a norma proposta por Santana Lopes replica o que já consta há muito nos estatutos de JS, PSOE, PSF, só para falar de organizações de esquerda, ainda segundo o próprio (já agora, também já vigorava no PSD-Madeira, uma fonte de inspiração mais provável...).

Apesar da contextualização histórica, o problema de Santana é o timing político, numa altura em que o seu partido se insurge contra a «situação» pela «claustrofobia democrática» e numa altura em que o PSD se devia preocupar com soluções alternativas de governo (estão em congresso extraordinário!).

3 comments:

jrd disse...

O timing político é mesmo um problema para Santana. O que ele gostava era de poder retroagir a aplicação da proposta aprovada...

Anónimo disse...

E em consequência, lá vai oo Santana criar um novo partido: o PPS!!!

http://sol.sapo.pt/blogs/xadrezismo/archive/2010/03/17/SANTANA-LOPES-VAI-AVAN_C700_AR-COM-NOVO-PARTIDO.aspx

Cumprimentos

Daniel Melo disse...

jrd,
o meu pauzinho do petróleo também aponta nesse sentido, porque será?