segunda-feira, 15 de março de 2010

Questionar a política cultural

Após um cavalheiresco tempo de espera concedido à nova ministra da Cultura, o sector cultural português começou a mexer-se e a fazer propostas para uma nova política cultural. Já há alguns anos que este sector está em crise, mais concretamente desde 1995, ou seja, 15 anos!

Muito material para debate e reflexão foi saindo neste tempo* e, obviamente, muitas iniciativas positivas foram adiante, sendo uma das mais recentes a requalificação do edifício do Museu de Arte Popular, no âmbito das acções Frente Tejo SA, pondo fim a morte anunciada pelo anterior ministro . O problema é que falta uma estratégia, falta a discussão e assunção de prioridades e de regras transparentes, enfim, falta uma política clara e partilhada.

Várias das polémicas e dos impasses em áreas deste sector passam por aqui.

Aproveito para vos deixar alguns dos materiais recentes que apelam ao debate e reflexão:

>Manifesto pelo cinema português (texto e petição)

Uma carta estratégica para a animação» (II Encontro Nacional de Profissionais e Amigos da Animação)

>editorial de Raquel Henriques da Silva no n.º 68 da revista L+Arte contra o novo Museu dos Coches, justamente por novo-riquismo e falta de estratégia

Canção de Coimbra: que apoios», de Jorge Cravo (in Público e Diário de Coimbra; um cheirinho: «Falta coragem cultural a quem hipoteca a sua liberdade às playlists, às multinacionais e ao "musicalmente correcto"»)

*Uma das mais salientes foi um manifesto surgido há 1/2 anos atrás, a ver se o recupero; parte do restante vem aludido aqui.

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