Cai o pano sobre a mostra Anos 70 – Atravessar Fronteiras, dedicada à arte portuguesa duma década algo esquecida, ou desvalorizada. É hoje o último dia para se poder apreciar esta revisitação alargada, comissariada por Raquel Henriques da Silva e patente na FCG.
A visão panorâmica que nos é dada é enriquecedora, tal como a contextualização e a diversidade de suportes e artistas; plus, há obras pouco vistas, como as colagens irónicas de Eduardo Nery e Artur Varela.
Depois, há René Bertholo, com as suas máquinas lúdicas, António Costa Pinheiro com uma inesperada Citymobil (1967/8), Ana Harthely com as suas icónicas Ruas de Lisboa (mas, estranhamente, sem um vídeo sobre o PREC que antes estava no CAM), Emília Nadal e o seu detergente ideológico para brainwash (Skop, 1979), João Abel Manta e as suas incontornáveis caricaturas sobre a ditadura, o mural de Belém de 1974 recuperado a partir de fotos de Novais. Mas há mais: Lurdes Castro, Álvaro Lapa, António Palolo, Alberto Carneiro, Rogério Ribeiro, Paula Rego, Helena Almeida, as performances de E. Melo e Castro e Alberto Pimenta, etc., etc..
De Nikias Skapinakis escolhi a imagem que ilustra o post, uma reprodução do quadro Delacroix no 25 de Abril em Atenas (1975).
Para quem quiser dar uma vista de olhos nalgumas das obras pode ir aqui.
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