sábado, 15 de janeiro de 2011

A revolução de jasmin

Foi preciso quase um mês de luta para derrubar 23 anos de ditadura na Tunísia. Caiu com dezenas de mortes, mas de modo pacífico pelo lado do povo. A luta foi por coisas simples: pão, trabalho, habitação, liberdade. O ditador, Ben Ali, fugiu e foi-se refugiar na Arábia Saudita. Onde é que já vimos isto?

Agora, o primeiro-ministro (e actual presidente interino) anunciou eleições dentro de meio ano.

Para o Magrebe e o mundo, é uma boa notícia. Os povos árabes têm aqui um bom motivo de esperança. Já os seus líderes têm um bom motivo de reflexão. Esta mesma opinião é avançada por estudiosos árabes. Melhor ainda; subscrevemos por baixo.

PS: para quem gosta de paralelismos, que tal pensar nesta frase dum manifestante: «Have you ever seeen!? A president who treats is people like idiots!!!».

2 comments:

jrd disse...

O regime tunisino era normalmente apresentado como civilizado pelas democracias ocidentais.
Para quem acreditou no embuste, viu-se agora que, afinal, não era bem assim.
Uma lufada de ar fresco no calor escaldante do Magreb.
Esperemos que se sigam outras.
(Vou roubar a foto do link)

Daniel Melo disse...

Pois, a versão que agora corre é que o ocidente tapava os olhos porque era um regime que mantinha a estabilidade e continha o fundamentalismo islâmico. Como as coisas vão mudando... Já com o Ceaucescu foi parecido.
A realpolitik é como um camaleão!