quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Boas vindas ao PAN - Partido pelos animais e pela natureza

Primeiro porque é mesmo um partido e não um estafado movimento de cidadãos independentes, invariavelmente sem posição ideológica, mas que logo, logo, começam a aparecer nas lista de um qualquer partido. Depois, porque a cor da agenda dos Verdes é mais encarnada do que de outro tom.
Além disso, é importante que uma discussão mais séria sobre as questões ambientais consiga, de facto, entrar na esfera do campo político.
E vai ter um verdadeiro encanto de revival voltarmos todos a salvar o lince da Serra da Malcata.

4 comments:

Unknown disse...

Vau ver a posição ideológica de algumas personagens desse partido. O Paulo Borges vem da extrema-direita.

jrd disse...

Pelos Animais e pela Natureza tudo!
Mas, em materia de "verdes" com outra cor, prefiro o verde-encarnado ao verde-'castanho' ou ao verde-incolor.
Aguardemos pois para ver se estes verdes são verde-verde...

Sofia Rodrigues disse...

Esperemos mesmo que seja verde-verde, porque senão concordo com o Jrd, antes um verde-encarnado.
O meu conhecimento do Paulo Borges resume-se a alguns encontros de oração ecuménica na União Budista. Também já li um ou outro escrito dele, mas sempre sobre assuntos budistas e religiosos. Desconhecia essa faceta assustadora de extrema direita (da qual tenho algumas dúvidas...)

João Miguel Almeida disse...

Já tive o meu momento de entusiasmo e de dúvida em relação ao PAN. Gostei do site. Acho que tem um bom logótipo e um bom hino – vale a pena ouvir um hino que não discrimina os outros animais…
O meu entusiasmo teve a ver com o que podia ser o PAN, não sei é se corresponde ao que o PAN é ou vai ser. Era importante um partido ecologista independente, que defenda (como foi declarado) o Estado social num altura em que este é tão atacado e por tantos. Duvido que o PAN seja de extrema-direita ou de uma linha de «pura cidadania», na esteira da candidatura presidencial de Fernando Nobre. Nas últimas presidenciais convidaram todos os candidatos a discutir os direitos dos animais e dois aceitaram – o Defensor de Moura e o Fernando Nobre. Mas o PAN não apoiou oficialmente nenhum.
O que eu sei do Paulo Borges não o coloca numa assustadora extrema-direita, mas numa «poética» do quinto império – na linha de Vieira, Pessoa ou Agostinho da Silva – que pode ser mistificadora. O quinto império serve para tudo e mais alguma coisa.
A fotografia no Dalai Lama no site do PAN intrigou-me. Mesmo os partidos políticos europeus com uma base social e um eleitorado mais católico não colocam imagens do Papa nos seus sites. As interacções entre religião e política interessam-me. Será que a um recuo do catolicismo no discurso político europeu vai corresponder um avanço de uma espiritualidade «New Age» de cor vagamente budista?
A favor do PAN: a petição pública que estão a divulgar pela abolição das touradas. Achei razoável – prevê a transformação das praças de touros em museus e a conservação das coreografias das touradas (a exemplo do que aconteceu no Japão com as artes marciais). Acrescento que os touros deviam ser conservados em parques naturais, museus ou jardins zoológicos. O argumento a favor das touradas de que os touros foram criados para esse fim é ridículo. Os touros foram criados para as touradas, mas podem sobreviver-lhes.