É verdade que era preciso atalhar a actual situação das contas públicas (embora a dívida das empresas seja maior). O problema é que o pacote oficial segue mais uma vez a lógica do corte cego e do ziguezague, não tem preocupação de justiça social, sendo mais penalizadas as classes baixa e média (que vivem basicamente dos seus rendimentos do trabalho) e saindo menos afectada a classe alta. Ademais, parte deste poderá agravar a recessão, o desemprego e as perspectivas de crescimento, enterrando ainda mais o país (como p.e. alerta Bateira).
Mas havia outras medidas possíveis, claramente justificáveis e com preocupação de justiça social:
>reescalonamento da aquisição dos 2 submarinos (que representam mil milhões de euros) e doutras despesas militares;
>orçamento de «base zero», com a despesa pública previamente justificada (proposta do BE);
>maior contribuição da banca (como referiu Alegre), com equiparação do IRS desta ao das restantes empresas, e fim do offshore da Madeira;
>maior taxação dos dividendos pela venda da participação da PT na VIVO (como defendeu Louçã);
>redução das regalias de dirigentes e chefias, das horas extraordinárias, etc.;
>melhor (re)negociação dos contratos das PPP e doutros grandes contratos.
2 comments:
Coitado do Zé, já está pendurado nos suspensórios.
...se não tiverem ido já para a casa de penhores ;)
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