domingo, 26 de setembro de 2010

Servir ou mandar?

Estava eu a dizer bem da Igreja católica (enfim, duma parte dela) e não é que logo a seguir cai uma daquelas notícias habituais sobre mais uma tentação de poder por parte do clero?

A história é simples e vai contra a história, passe a cacofonia: a ICAR quer ficar com a tutela das misericórdias, as quais, ao longo de mais de 5 séculos foram construindo a sua autonomia, face ao Estado e face à Igreja.

A questão envolve-nos a todos, pois as misericórdias prestam um relevante serviço público na área da acção social, estão espalhadas pelo país e são responsáveis por c. 70% da rede de cuidados continuados. Além disso, mesmo no sector social, a Igreja católica goza já de grande influência, pois está ligada a boa parte das IPSS.

Para aprofundar esta polémica desnecessária vd. «Misericórdias vão chamar Estado a resolver conflito com os bispos» e «"Não há razões para sobressaltos", afirmam bispos», por António Marujo.

3 comments:

jrd disse...

Sem malícias acho que anda aqui mãozinha do Melícias.

Daniel Melo disse...

Segundo Manuel Lemos (actual presidente da União das Misericóridas Portuguesas), o padre Melícias apoia a causa destas, tal como consta do 1.º artigo referido no post:
«O presidente da UMP indica ainda que vários juristas e canonistas estão do lado das misericórdias - entre eles, o padre Vítor Melícias, ex-presidente da UMP, especializado em Direito Canónico».

jrd disse...

Sendo assim retiro "a mãozinha".