terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando os debates são mesmo plurais, a qualidade surge

Excepcionalmente, um Prós e Contras com uma parte de comentadores mesmo de esquerda (Daniel Oliveira, José Castro Caldas e João Ferreira Amaral), contra outra duma direita séria e com argumentos (Miguel Morgado e João Confraria), além do inefável Medina Carreira.

Então, vamos lá, Portugal endividou-se porquê, dr. Medina Carreira? Porque o Estado emprestou dinheiro à banca (o tal «crédito bonificado») para os portugueses comprarem casa, quando devia ter sido para arrendarem casa (ou para mais habitação a custos controlados), agravando a especulação imobiliária e o endividamento dos portugueses. Porque o Estado apostou em auto-estradas a mais, descurou os transportes públicos e a rede ferroviária. Porque o Estado resolveu engordar os seus dirigentes à «grande e à francesa». Etc., etc.

E quem fez o Estado nestas últimas décadas? Foram pessoas como o dr. Medina Carreira, justamente. As elites políticas e económicas dominantes. E agora são estas que vêm bater à porta do português comum, a apresentar-lhes a factura. Não têm vergonha na cara? Vir perorar nos media, dia após dia, este discurso de austeridade assimétrica sem assumirem as suas responsabilidades e sem uma visão de justiça social?

Para quem quiser, pode dar uma olhada na 1.ª parte do programa.

Nb: cartoon de autor não identificado, retirado do blogue Ironia d'estado.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Electricidade sem extras: assinar a petição da DECO pode ajudar a poupar 5% em 2011

A proposta de aumento médio de 3,8% na factura da energia eléctrica resulta de custos impostos ao sector que ganham uma dimensão insustentável. Exigimos cortes em várias áreas.
Em 2011, o custo da electricidade vai pesar mais no orçamento dos consumidores. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propôs, em Outubro, uma média de 3,8% de aumento na tarifa da electricidade.
Opções políticas e medidas legislativas condicionam a fixação das tarifas e levam a que a parcela dos «Custos de Interesse Geral» continue com um crescimento imparável. Em 2011, prevê-se um total de 2,5 mil milhões de euros de custos, um aumento superior a 30%, face a 2010. Por exemplo, na factura, por cada €100 pagos, €42 referem-se a «Custos de Interesse Geral», que podem e devem ser reduzidos. Alguns não têm relação directa com a produção e distribuição de energia eléctrica.
É indispensável e urgente repensar a política de taxas e sobrecustos que recai nas nossas facturas. Para 2011, a diminuição de 10% nestes custos levaria a uma redução de 5% na factura. 
Há muito que a DECO alerta para a situação no sector e exige uma redução dos custos de interesse geral, para que o preço a pagar pelos consumidores seja mais justo.

A DECO - Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, associação sem fins lucrativos com estatuto de utilidade pública, compromete-se a entregar a presente petição junto da Assembleia da República.

Abram lá uma porta, não custa nada, que diacho

Mas então porque escreve artigos de opinião, ainda por cima contraditórios entre si?

Poderá parecer uma banalidade, mas a verdade é que cada vez mais se sente que o país precisa desesperadamente de mais actos, e não de mais palavras? (Belmiro de Azevedo dixit, Público, 27/XI)

Numa entrevista do Sr. Azevedo à revista “Visão” publicada a 28 de Janeiro deste ano, acusou Cavaco Silva de ser ditador por ter dispensado quando era Primeiro Ministro, quatro amigos seus e “ministros competentes. Mais, diz na mesma entrevista que Cavaco "é um tipo duro, mas não foi talhado" para ser Presidente da República, porque "é um homem do Governo, activo". Mas afinal vai votar no professor para o Governo ou para Presidente? [no artigo de opinião de ontem, declara o seu voto em Cavaco Silva nas presidencias de 2011] Ou está só a ser incoerente? (Andreia Peniche dixit, blogue Arrastão)

domingo, 28 de novembro de 2010

A partir de 55 mil euros por ano, mais dinheiro não compra mais felicidade

O dinheiro trás felicidade? E quando já se é rico, mais dinheiro trás mais felicidade? Descobri no Rue89 um trabalho empírico conduzido por Daniel Kahneman e Angus Deaton da Univerdidade de Princeton tenta responder as estas questões. Os investigadores distinguem duas medidas de bem-estar: O "Bem-estar emocional" mede os momentos de alegria, tristeza, stress, cólera ou afectos no quotidiano; a "Avaliação da Vida" mede o grau de satisfação consciente de um indivíduo com a sua própria vida. O estudo foi feito sobre uma base de dados do instituto Gallup, analisando as resposta de 450000 americanos. Analizando aquelas duas medidas de bem-estar relativamente aos rendimentos, o estudo mostra que embora a avaliação que uma pessoa faça da sua felicidade seja tanto maior quanto maiores são os seus rendimentos, o "bem-estar emocional" atinge o seu máximo com um rendimento de $75000 por ano (~55000€), e a partir daí estagna (ver figura em baixo). Ou seja, a partir desse valor não é por se ganhar mais dinheiro, que no dia-a-dia se vai ter um quotidiano mais feliz. Como dizem os autores do estudo "Rendimentos elevados compram a satisfação com a vida, mas não a felicidade". Outra conclusão é que os rendimentos baixos têm um efeito de amplificar a dor emocional associada a certas vicissitudes da vida, que é como quem diz, a dor quando se é pobre, dói mais.
Se outras razões não houvessem, esta seria uma razão para uma melhor redistribuição da riqueza: Quem já é rico que chegue não melhora a sua vida por ter mais dinheiro, quem não é rico sim, tem muito a ganhar.

Quando a causa é apelativa, o voluntariado surge

É esta a ilação que se pode retirar da forte adesão por parte dos jovens na nova campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, uma organização que recolhe alimentos para pessoas necessitadas. Tal foi a adesão que muitos jovens voluntários tiveram que ficar de fora. Afinal, o voluntariado juvenil em Portugal não é uma miragem, falta é conseguir cativá-lo. Cada vez mais este passará por causas, abraçadas por curtos períodos. No que parece ser uma tendência internacional, a confiar no que diz o investigador Bob Price para os EUA.

O Banco Alimentar é um caso português bem sucedido e já tem seguidores no estrangeiro. Isabel Jonet, a sua presidente, está de parabéns neste particular.

Também é de louvar a iniciativa prevista para 10 de Dezembro, em que as sobras alimentares dos restaurantes aderentes não serão deitadas ao lixo mas sim dadas a quem precisa. Valeu a pressão social neste sentido. Falta agora a ASAE não persistir em criar obstáculos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O mundo do livro no Portugal salazarista


Mais informações sobre esta iniciativa no blogue da livraria Culsete.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Colóquio Internacional de Homenagem a Maria Ioannis Baganha


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

2.ª greve geral unitária é hoje


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saúde para todos devia ser direito social internacional

«Todos os anos cem milhões ficam pobres por se tratarem», por João Manuel Rocha.

Gente fina é outra coisa

É já amanhã

cartoon de Zé dalmeida

nb: informação actualizada aqui.; série completa de cartoons de Zé dalmeida sobre a greve aqui.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Afinal, também Portugal esteve sob ameaça

«EUA tinham planos para invadir os Açores em 1975», por Nuno Simas.

Heranças sociais da República

Arte, Política e Pensamento para o Século XXI é o nome dum ciclo de conferências da Fundação Gulbenkian, no âmbito das comemorações do centenário republicano, em complemento da mostra ResPublica 1910 e 2010 face a face.

Começou o ciclo este sábado, com o filósofo Bernard Stiegler («A coisa pública como processo de trans-inviduação») e com Marie-José Monzain («Cultura do possível e fundação da vida política»).

Ao invés de Frédéric Martel, que aqui referimos, Stiegler tem uma visão bem céptica da indústria cultural, considerando-a uma ameaça civilizacional na sua forma actual, produzida por um capitalismo hiper-industrial que compromete a individualização psíquica dos colectivos humanos. Propõe, em contrapartida, uma alternativa crítica centrada numa nova interacção entre política, criação, indústria e educação. Mais inf. e perfil aqui e aqui.

No próximo sábado, será a vez dos pensadores Jacques Rancière («A era da emancipação já passou?») e Georges Didi-Huberman («Povos expostos»). Novamente às 17h, e com transmissão em directo aqui.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Crónica do rei-poeta Al-Mu'Tamid (agenda)


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Atenção às novas ameaças à segurança mundial: tarjas e t-shirts!

As forças de segurança portuguesa não pouparam esforços para mostrar como atacar as novas ameaças à segurança mundial, e neutraliram duas delas na posse dum grupo de 36 filandeses: tarjas e t-shirts anti-NATO (felizmente que estes vikings tinham contado tudo no blogue deles, senão a coisa estaria tremida).
Sempre na dianteira, também conseguiram barrar a entrada a outra ameaça, uns folhetos dum tipo alemão que queria vir falar contra o nuclear. Sabe-se lá o que poderia sair desse papelusco, químicos radio-activos, ou, ou... fogo de dagrão, por exemplo. Ah, pois.
A outra acção foi reduzir o n.º de transportes públicos em Lisboa nos dias da Cimeira da NATO, para barrar as empregadas domésticas e outras pessoas perigosas que andam nesses meios transportando consigo lixívias e outros produtos assim tóxicos.
Ui, ui, quando se trata de lixívias, folhetos, tarjas e afins todo o cuidado é pouco...

Quando a democracia fomenta ditaduras

Milhares de documentos confirmam apoio dos EUA ao golpe de Pinochet
O Museu da Memória em Santiago do Chile acaba de receber 20.000 documentos que trazem novas informações sobre o envolvimento dos EUA no golpe que deu início à ditadura de Pinochet.
os documentos serão um contributo para os processos judiciais sobre violações de direitos humanos na ditadura que se prolongou até 1990 e em que foram mortos mais de 3000 opositores.

Cultura mainstream, a cultura da globalização?

Em torno da cultura mainstream, o sociólogo e jornalista francês Frédéric Martel lançou recentemente o livro Mainstream - enquête sur cette culture qui plâit à tout le monde. O crítico Tiago Bartolomeu Costa dedica-lhe uma recensão alongada e traça um perfil do director do portal Nonfiction.fr, exclusivamente dirigido aos livros de ensaio, o que é caso raro e de elogiar, obviamente.

A formação contínua e o papel da UNESCO

Ainda vemos a educação de adultos como uma utopia

(Adama Ouane, director do Instituto para a Aprendizagem ao Longo da Vida da UNESCO, entrevistado por Bárbara Wong).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A ascensão duma editora portuguesa

Nasceu no Porto, em 1944, e é hoje a maior editora portuguesa, depois da aquisição da Bertrand.
Descubra os segredos do êxito nesta entrevista de Vasco Teixeira, responsável editorial da Porto Editora, a Luís Miguel Queirós.

Onde pára a nova geração JEEP- jovem empresário de elevado potencial

Jovem dirigente do PS ganha o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP para criar o seu posto de trabalho. Empresa criada está inactiva.

(vd. «Assessor do PS na Câmara de Lisboa recebeu 41.100 euros indevidamente», por José António Cerejo)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ainda a propósito do Jardim Botânico de Lisboa (e porque mais vale prevenir do que remediar)

Nb: vd. informação actualizada sobre o tema aqui.

A sério? Têm mesmo a certeza? E fugirão de quê? Das regalias principescas? Ah, tem gente que sofre!

Pela continuação duma experiência modelar de serviço público

Petição «Contra a extinção da DGLB [Direcção-geral do Livro e das Bibliotecas]»

Enviada à ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.

Para quem não acredita na excelência desta experiência, pode consultar este livro.

Afinal, os partidos pequenos também têm boas propostas para reduzir o despesismo

... oxalá o governo estude essas novas propostas e as saiba negociar

(se alguma crítica se pudesse apresentar aos partidos fora do centrão, seria que já deviam ter dado publicidade às suas propostas alternativas há mais tempo).

domingo, 14 de novembro de 2010

A esperança de um povo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O que faz falta

Congresso do Associativismo e da Democracia Participativa

(Lisboa, ISCTE, 13-14/XI)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Garzón: não pode haver amnistia para crimes contra a humanidade

Telavive pediu a Londres para alterar a lei sobre jurisdição universal, para que os políticos israelitas possam viajar livremente pelo mundo, sem correrem o risco de serem detidos por crimes contra a humanidade. A Espanha também alterou a lei. O conceito de justiça universal está a regredir?
Vivemos um momento complexo. Nos anos 90, houve uma grande projecção da jurisdição universal. [...] Mas nestes últimos dez anos, e mais ainda nos últimos três, assistimos a uma inversão dessa tendência, no sentido de colocar limites. A justiça universal está em retrocesso. Eu não digo que isso é mau, nem bom. Porque a justiça universal é um caminho que se está a fazer, e ninguém tem a varinha mágica para dizer por onde se deve ir. O que é preciso é aceitar isso, e que é um caminho que temos de fazer todos juntos. Trata-se de um último reduto contra a impunidade. É esse o âmbito da justiça universal.
Mas parece que ela só funciona desde que não afecte interesses poderosos.
Isso vai ser sempre assim. Os interesses políticos, diplomáticos, económicos estão sempre presentes, quando se trata de justiça universal. Porque normalmente os casos têm uma grande transcendência subjectiva nos países respectivos. Quando se trata de países de segunda ordem, isso não importa. Mas quando são de primeira ordem, começam os problemas. Mas eu acho inaceitável que haja pressão política de um país sobre outro, para alterar uma lei.
Serão possíveis acções como a que lançou contra Pinochet?
Podem sempre fazer-se julgamentos dessa índole. Actualmente, em França, vão julgar-se casos contra a ditadura argentina. Também aconteceu em Itália. Existe sempre a possibilidade, porque o princípio da justiça universal é o último reduto contra a impunidade.
Há um caminho que está a ser feito.
Estamos a avançar. E nesse caminho a consciencialização das sociedades é cada vez maior. E isso que implica? Que as resistências do poder vão ser também maiores.
Baltazar Garzón, entrevista a Paulo Moura

Corrupção denuncie aqui

«Corrupção denuncie aqui» é o nome da página criada pela Procuradoria-Geral da República para os cidadãos registarem actos de corrupção e fraudes.
Gradualmente este fenómeno começa a ser visto com a gravidade que merece, pois tem prejudicado seriamente o país.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Donde vêm as ideias injustas

A vitória republicana na Câmara dos Representantes dos EUA foi na semana passada e já desapareceu dos noticiários. E no entanto os votos dos republicanos norte-americanos e os compromissos de Barack Obama com a nova maioria irão influenciar mais a nossa vida do que pensamos. Quando Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, termina uma crónica no The New York Times sobre as consequências de uma vitória republicana com uma «tirada à Vasco Pulido Valente» (cfr. aqui) é porque devemos prestar atenção ao que se vai passar. A pressão republicana será para cortar nos impostos e no investimento público. Consequências: o défice aumenta ao mesmo tempo que o investimento público e o emprego diminuem. A História voltou e está em pé de guerra.

CML retrocede na betonização dos logradouros de Lisboa

Há males que vêm por bem: à indignação suscitada pelo alheamento dos poderes alfacinhas face à questão ambiental juntaram-se as inundações diluvianas na baixa da cidade na 6.ª passada, um derradeiro alerta sobre os perigos da abertura à impermeabilização total dos solos.
Ribeiro Telles parece que já pode descansar: haverá plafonds e regras para a impermeabilização dos logradouros e o seu Plano Verde será inserto no Plano Director Municipal.
Ainda bem que a edilidade reconheceu o erro em que incorria. Os termos precisos deste acordo serão divulgados amanhã.
ADENDA: segundo notícia de 10/XI, o acordo não é inteiramente satisfatório para a salvaguarda ambiental (é o acordo possível?) e nada foi dito sobre a impermeabilização em marcha e o plano de pormenor nos logradouros em torno do Jardim Botânico de Lisboa, que ameaça parte das árvores e o sistema de circulação de ar nessa área, alertam os Amigos do Botânico e o BE (embora Sá Fernandes pretenda preservar este espaço verde). Não esquecer que este foi recentemente classificado como monumento nacional, o que agrava a situação.

Novo festival cosmopolita em Lisboa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Biodiversidade com novo plano internacional

Ministros de cerca de 200 países aprovaram, hoje, um novo plano global para travar a perda de biodiversidade do planeta, lançando ao mesmo tempo um sopro de ânimo sobre a diplomacia ambiental internacional.
Depois de anos de negociações, foi também aprovado um regime para a repartição dos benefícios do uso de recursos genéticos - como substâncias activas de plantas na indústria farmacêutica ou variedades genéticas para a produção de alimentos.
O plano estratégico ontem acordado fixa 20 objectivos para proteger a biodiversidade até 2020, com mecanismos para monitorizar o seu progresso. Um deles preconiza o alargamento das áreas protegidas terrestres de 12,5% para 17% da superfície do planeta. A área coberta por parques e reservas marinhas deverá subir de 1% hoje para 10% nos próximos dez anos.

Nb: sobre a importância da biodiversidade vale a pena ler o depoimento de Nuno Ferrand de Almeida, «Nunca se olha para o outro país que existe» (uma citação apenas: «alguma coisa vamos ter de mudar, porque a perda de recursos a que se está a assistir hoje, a perda dos serviços dos ecossistemas, não é compatível com a preservação do enorme nível de bem-estar que alcançámos»).

domingo, 7 de novembro de 2010

Uma festa dos sentidos

Esta tarde aproveitei para fazer uma experiência curiosa: ir a um Encontro com o Vinho, uma espécie de festa do vinho, onde os produtores se enclausuram em mini-pavilhões para mostrar orgulhosamente os seus néctares. Em redor, uma multidão efusiva, de nariz no ar, a ver onde parar ou a estender o seu cálice para provar vinhos dos mais diversos, desde verdes, brancos, tintos a espumantes e licorosos.
Este ano, o evento organizado pela Revista de Vinhos tinha a novidade de provas verticais de vinhos como o Soalheiro, mas infelizmente esta prova parece que esgotou o respectivo stock para domingo, o que foi desagradável para quem tenta degustar, há algum tempo, o Soalheiro Primeiras Vinhas. Provei um Soalheiro Dócil e não gostei nada, é daqueles que não é carne nem peixe. Também fiquei algo desiludido com o Passadouro tt reserva 2008 e o Passadouro br 2007, pois pareceram-me aquém do Passadouro tt 2007 e do Passa tt 2007, vinhos enérgicos e agradáveis. O generoso moscatel roxo Casa Agrícola Horácio Simões também não me convenceu, continuo a preferir o rival da Bacalhoa.
Tirando estes precalços e o facto de nem todo o vinho exposto estar à venda na loja à saída, é um espaço útil para se provar vinhos que nos tentam. Além disso, o Concurso "A Escolha da Imprensa" é outro chamariz, pois aí se apresentam vários vinhos premiados pela crítica especializada. Entre os que experimentei, gostei do Dona Berta tt, do Esporão tt e do Ermelinda de Freitas br. Não gostei do Loridos espumante rosé, pois sabe a framboesa, que é um sabor que não aprecio isolado no vinho, mas gosto do Loridos espumante vintage.
Aqui ficam umas notas despretensiosas, para quem também tenha interesse em conhecer novos vinhos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Happy Diwali!


Hoje em Londres celebramos a dobrar, é noite de Guy Fawkes e Diwali. Acaba tudo com muito fogo de artifício, mas eu gosto particularmente da deliciosa festa indiana por cá celebrada com grande entusiasmo. Feliz Diwali a todos!

Novos caminhos para sair da crise (agenda)


Programa aqui. Mais informações no blogue CSI- Conferência Sindical Internacional.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O segredo das boas escolas

Qual é o segredo das boas escolas?
Ter bons directores, bons professores, uma boa relação com a comunidade. Os professores é que são o sistema educativo e não o Ministério da Educação. É senso comum. Aceitamos a diversidade nos restaurantes, na arquitectura, na música. Em todo o lado procuramos a diversidade, por que não na escola? Queremos que estas sejam todas iguais, mas não são máquinas, são organismos vivos.
Se tratamos os alunos como se não fossem indivíduos, com talentos reconhecidos, eles não podem interessar-se pela escola. O sistema educativo mata a criatividade das crianças. Os políticos não compreendem e acham que a solução está em normalizar tudo.

Não sabem que não resulta?
Não está a resultar, os alunos continuam a abandonar a escola. É preciso regressar às origens, a uma educação mais pessoal, mais comprometida, onde se criam oportunidades para as pessoas desenvolverem os seus talentos, seja na matemática ou a tocar violoncelo. A experiência diz-me que se descobrirmos uma coisa em que somos bons, conseguimos ser melhor em todas as outras em que somos menos bons.
Aposta nas artes e criatividade, contra os maus exemplos
As artes têm muito pouco peso nos currículos e eu fiz campanha, em toda a Europa, a favor da criatividade. Quando Tony Blair foi eleito, a tónica era "Mais educação, mais educação". Mas quando chegou ao Governo, as políticas que levou a cabo foi: mais exames, mais inspecção, mais avaliação, pagar aos professores conforme os seus resultados... Nas escolas, cresceu um clima de medo entre os professores. Não defendo que não deve haver metas, mas sempre defendi que deveria haver uma estratégia para desenvolver a criatividade. Foi criada uma comissão para estabelecer uma política nacional sobre criatividade.
Nos EUA há mais testes, mais avaliação dos professores, as escolas são penalizadas se não conseguirem os resultados esperados, há rankings que desmoralizam os professores e os directores. O que é que se ganha com isso? Fala-se de eficiência para a educação como para a indústria automóvel e não se pode aplicar esse conceito nas escolas. Tem sido um desastre e em Portugal provavelmente também.
Ken Robinson, entrevistado por Bárbara Wong,
a propósito do lançamento do seu livro O elemento

Manifesta 2010: promover a economia social faz ainda mais sentido em tempos de crise

Iniciou-se hoje a 8.ª MANIFesta- Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local, organizada pela rede associativa ANIMAR e as associações de Lafões e apoiada pelos municípios de São Pedro do Sul, Oliveira de Frades e Vouzela.
Para saber mais sobre este evento, que termina no próximo domingo, recomendo este post relativo à edição anterior.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eleições no mundo: boas e más notícias

> boa notícia: vitória de Dilma Roussef no Brasil

> má notícia: maioria do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA

> país a necessitar urgentemente de eleições: Itália“É melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay”»: Berlusconi dixit)

E essa repartição justa, está ou não a ser cumprida?

«Cavaco: preocupação deve ser “repartição justa dos sacrifícios”»