Começa logo no Aeoroporto (de nome impronunciável), dizem-nos após a aterrisagem que é um aeroporto silencioso, não há avisos sonoros e quem quiser informações que se dirija aos balcões. Um nada irreal um aeroporto silencioso, a decoração IKEA omnipresente, o asseio e a simplicidade das indicações passam despercebidas. O cartão multibanco põe-se de pernas para o ar, mas isso não interessa nada. Depois um autocarro leva-nos directo ao nosso destino, mesmo sem perceber uma palavra do idioma autóctone, com o zelo do condutor e o desfilar das paragens no painel das informações, seria difícil enganar-se na paragem. Ao descer do autocarro há umas pequenas obras que obrigam os peões a fazer um desvio, dar uma volta e passar de baixo duma ponte para ir dar ao outro lado da avenida e tomar a via pedonal. Há um simpático senhor de barbas brancas, quiça oriundo da Lapónia, que buzina na sua carrinha Volvo do outro lado da avenida e aponta com o indicador o caminho a seguir, não vão os estrangeiros enganar-se e perder-se. Relatos não confirmados dão conta de que o atencioso senhor das barbas brancas deu mesmo meia volta, passou debaixo da ponte e veio verificar que os estrangeiros encontraram o caminho.
Entretanto passeamos por uma cidade com transito calmo, não se vê condutores agressivos, as buzinadelas são raras, todas as passadeiras têm pavimento diferenciado e sinalização sonora para cegos, os circuitos para ciclistas estão impecavelmente sinalizados e organizados (e cheios de ciclistas, quase como em Paris). Dâ-mo-nos conta que a estação central de comboios é no mesmo edifício que a estação central dos autocarros, que tem ligação directa ao aeroporto (comboio expresso) e onde ainda se podem comprar bilhetes para as ligações de barco para os países vizinhos. Que raio de ideia esta de não obrigar os passageiros a atravessar a cidade toda para mudar de um transporte para outro... E os pobres?!?! Onde estão os pobres, que ainda os não. Aliás os autóctones parecem-me todos burgueses. Não seria magnífico um país só de burguses? Mas o problema deve ser meu, não procurei no sítio certo. Diziam-me que o sistema assistencialista deles estava em falência, há mais de trinta anos que está em falência, nem imagino o que era antes de ter falido.
Sinceramente as diferenças civilizacionais são demasiado profundas, não sei se aguento muito mais tempo.
Entretanto passeamos por uma cidade com transito calmo, não se vê condutores agressivos, as buzinadelas são raras, todas as passadeiras têm pavimento diferenciado e sinalização sonora para cegos, os circuitos para ciclistas estão impecavelmente sinalizados e organizados (e cheios de ciclistas, quase como em Paris). Dâ-mo-nos conta que a estação central de comboios é no mesmo edifício que a estação central dos autocarros, que tem ligação directa ao aeroporto (comboio expresso) e onde ainda se podem comprar bilhetes para as ligações de barco para os países vizinhos. Que raio de ideia esta de não obrigar os passageiros a atravessar a cidade toda para mudar de um transporte para outro... E os pobres?!?! Onde estão os pobres, que ainda os não. Aliás os autóctones parecem-me todos burgueses. Não seria magnífico um país só de burguses? Mas o problema deve ser meu, não procurei no sítio certo. Diziam-me que o sistema assistencialista deles estava em falência, há mais de trinta anos que está em falência, nem imagino o que era antes de ter falido.
Sinceramente as diferenças civilizacionais são demasiado profundas, não sei se aguento muito mais tempo.
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