segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pato à Pequim está livre de doping. Mas somente ele.

Não só a poluição de Pequim preocupa as autoridades chinesas (leia-se PCC). Para mascarar esse problema, retocaram a maquiagem de toda a cidade, dando-lhe uma aparência limpa e colorida ao replantarem gramados e flores capazes de resistir à alta concentração de dióxido de carbono e enxofre por pelo menos 3 meses. Além do “cuidado” ambiental, o governo pequinês também se preocupa com o cardápio que será servido durante os Jogos Olímpicos. Temendo por manifestações de entidades internacionais de proteção aos animais, baniu de todos os restaurantes a carne de cachorro, uma iguaria apreciada por muitos chineses. Por enquanto, esse fiel amigo terá a sua vida prolongada por mais alguns dias. Se de fato o sorriso do cão está na cauda e ao abaná-la ele expressa uma gama de sentimentos e emoções, esses simpáticos bichinhos estão agora radiantes de felicidade. Outra coisa que me está a chamar a atenção é o controle antidoping que o governo chinês vem fazendo. Não. Não se trata de doping esportivo. Nesse sentido, como se suspeita, os chineses não são assim tão zelosos. Para mostrar aos atletas estrangeiros que temem ingerir carne animal com medo de possíveis esteróides, os restaurantes da capital chinesa especializados no famoso Pato à Pequim (para quem tem pachorra culunária, vai aqui uma receita do dito cujo) estão criando verdadeiros controles antidoping para esses bípedes plumosos. Isso porque patos não têm lá grandes aptidões atléticas.

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