domingo, 22 de novembro de 2009

La jeunesse dorée (III)

Infelizmente nem todas as caricaturas poderam ser reproduzidas, devido a melindres respeitáveis que os preconceitos do tempo justificavam. O portrait-charge, que hoje representa uma consagração, era então pouco menos do que um insulto.
Todos sabem quanto Herculano amuou com uma caricatura inoffensiva de Raphael, e conhecem o curioso diálogo, travado a esse respeito, entre os dois grandes homens, na loja de livros do velho Bertrand.
Havia ainda n’esse tempo, como que o pudor da publicidade.

DANTAS, Júlio, "Raphael Bordallo Pinheiro[:] a sua vida e a sua obra",
Illustração Portugueza, 18/II/1907, p. 236.

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